A cheia histórica do rio Madeira, que desabrigou mais de mil famílias de Rondônia, pode isolar o Acre por vias terrestres e comprometer o fornecimento de combustível.
A BR-364, que liga Porto Velho a Rio Branco, e único acesso por terra ao Acre, está parcialmente intransitável. Carros pequenos só conseguem atravessar a via com a ajuda de guincho. Segundo a Defesa Civil, há trechos em que a água atinge 50 cm na rodovia.
"A maior preocupação é com combustível, gás. Se o rio continuar enchendo, vai haver um momento em que os carros ficarão impedidos de passar. E ficaremos isolados", afirmou o coronel Carlos Gundin, coordenador estadual da Defesa Civil no Acre.
Pela manhã, a Polícia Rodoviária Federal chegou a interditar completamente a rodovia, mas a liberou parcialmente depois. Apenas caminhões e veículos pesados estão trafegando. Empresas de ônibus que fazem o trecho Porto Velho-Rio Branco suspenderam as viagens."Alimentos e outros produtos podem chegar de avião, mas combustível, não", completou Gundin.
Em Rio Branco, desde o início do mês, 370 famílias foram atingidas pela cheia do rio Acre e levadas a abrigos em Rio Branco. No parque de exposições da cidade, 134 famílias são assistidas pelo governo.
No último domingo, o nível do rio Madeira atingiu 17,52 metros em Porto Velho (RO), um recorde em cem anos de medições.
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