Vinte municípios do Amazonas estão em situação de emergência por causa da cheia dos rios da região. Dados da Defesa Civil do Amazonas revelam que, pelo menos quatro mil pessoas ficaram desabrigadas após o início das chuvas, responsáveis por inúmeras inundações em todo estado.
Ainda como conseqüência desse problema, outras seis mil famílias perderam suas plantações e foram obrigadas a se mudar temporariamente por estarem em áreas de risco. Todas essas pessoas estão sendo assistidas pelo governo estadual. Além das 20 cidades que já formalizaram junto ao poder público do Amazonas a situação de emergência, outras cinco podem entrar na mesma situação nos próximos dias.
As cheias dos rios no Amazonas fazem parte de um processo natural, que ocorre todos os anos na Amazônia, como característica do inverno na região, entre os meses de dezembro a maio. Este ano, contudo, segundo previsões do Serviço Geológico do Brasil, a intensa subida do nível das águas, fruto de chuvas mais fortes e mais freqüentes, poderá levar o Amazonas a bater o recorde da maior cheia dos últimos 106 anos.
Até então, a maior cheia registrada foi a de 1953, quando o nível das águas no estado atingiu a marca dos 29,69 metros. A cota do Rio Negro o parâmetro para medição do nível dos rios - hoje (9) é de 27,86 metros. De ontem para hoje, ele subiu quatro centímetros. A medição feita no Rio Negro, exatamente no porto central de Manaus, é capaz de representar também a subida dos rios Amazonas e Solimões, cujas cheias contribuem diretamente para a subida das águas do Negro e de outros afluentes.
Na avaliação do governador do Amazonas, Eduardo Braga, a situação é grave. Ele informou que uma equipe de engenheiros já está trabalhando em um projeto para reconstrução da frente dos municípios de Canutama, Boca do Acre, São Paulo de Olivença, Tonantins, Santo Antônio do Iça, Eirunepé e Pauiní, que ficaram comprometidas com as inundações. Equipes das Forças Armadas vão atuar na distribuição dos kits de ajuda humanitária.
Está comprovada efetivamente a necessidade imediata da ação em 20 municípios, incluindo ações sociais, como a distribuição de medicamentos, alimentos, redes, entre outros. Mas, apesar dessa situação, não chegamos a um ponto de calamidade pública, porque não é o caso de remover milhares de pessoas, ponderou Braga.
Na próxima terça-feira (14), uma audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília vai reunir parlamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, e autoridades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também é esperado.
A audiência foi proposta pelo presidente da comissão, deputado Silas Câmara (PSC-AM), com o objetivo de discutir alternativas para a prevenção dos problemas decorrentes, todos os anos no estado, por ocasião da cheia dos rios. A expectativa é, também, garantir mais recursos do governo federal para auxiliar as vítimas das cheias este ano.
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