A empresa norte-americana Chevron, responsável pelo vazamento de óleo que atinge o Campo do Frade, na Bacia de Campos, responde por menos de 4% da produção nacional de petróleo. Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Chevron produziu, em setembro, uma média de 74,7 mil barris de óleo por dia, ou seja, 3,5% da produção nacional, que foi de 2,1 milhões de barris.
Em meses anteriores, a produção da Chevron tampouco ultrapassou os 4% do total nacional. Na área de exploração e produção de petróleo, a empresa norte-americana opera no país apenas o Campo do Frade, com 51,7% de participação no negócio. Entre seus parceiros no Frade, está a estatal brasileira Petrobras.
O campo produz desde 2009 e, até o final deste ano, a Chevron previa concluir a perfuração de mais oito poços, para se somar aos 12 que já funcionavam no Campo do Frade desde o ano passado.
Além de petróleo, o Campo do Frade produziu 900 mil metros cúbicos de gás por dia, em setembro, ou seja, 1,4% da produção nacional, que foi de 65,2 milhões de metros cúbicos. Com essa média de produção, a Chevron é a terceira maior operadora de blocos petrolíferos do país, atrás da Petrobras (que produziu 1,9 milhão de barris por dia e a Shell, que produziu 77,8 mil barris/dia em setembro).
Na área de exploração e produção de petróleo, a Chevron tem ainda participações, como não-operadora, nos campos de Papa-Terra e Maromba, ambas na Bacia de Campos e que têm como operadora a Petrobras, e nos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos, cuja operadora é a Shell.
A Chevron já atua há quase 100 anos no Brasil. A companhia começou a operar no país em 1915, quando recebeu uma licença do então presidente Wenceslau Braz, para vender produtos petrolíferos sob o nome Texaco (The Texas Company).
Ao longo dos anos, a empresa se consolidou na produção de lubrificantes e na distribuição de combustíveis, através de sua rede de postos de gasolina. Em 2002, as empresas Chevron Corporation e Texaco se fundiram na empresa ChevronTexaco Corporation. Por isso, a partir de 2005, a subsidiária brasileira mudou seu nome de Texaco Brasil para Chevron Brasil.
Em 2009, a Chevron parou de atuar no mercado de postos de combustíveis e vendeu seus ativos para a brasileira Ultrapar Participações (empresa que também controla a rede Ipiranga).
Segundo informações da própria Chevron, o Brasil é um mercado "chave" e "crescente" para lubrificantes. Por isso, a empresa mantém duas plantas industriais no país, com produtos voltados para o mercado nacional: uma no Rio de Janeiro, que produz 1 milhão de barris de óleo lubrificante, e outra em São Paulo, que fabrica graxas industriais e fluidos de arrefecimento.
Através de sua subsidiária Oronite, a Chevron também mantém, em Mauá (SP), uma de suas sete fábricas no mundo que produzem aditivos para melhorar a performance de combustíveis e óleos lubrificantes.
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