O novo foco de febre aftosa na Argentina deve causar grave prejuízo aos produtores rurais do país, que em 2005 exportaram US$ 1,6 bilhão. Depois do Brasil, que decidiu suspender todas as importações de carne do país vizinho, outras nações como Chile, Israel e África do Sul decidiram seguir o exmplo.

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Juntos, Chile, Rússia e UE concentram quase 80% das exportações de carne argentina. As restrições aplicadas pelos chilenos provocaram forte preocupação entre os pecuaristas argentinos. Entre 2000 e 2003, a Argentina perdeu cerca de US$ 500 milhões por ano, pela suspensão de suas exportações de carne.

- Vários mercados se fecharão preventivamente - lamentou o presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luciano Miguens, que aproveitou para questionar as restrições às exportações de carne implementadas pelo governo Kirchner para ajudar no combate à inflação.

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A decisão do Brasil de suspender as importações de animais vivos e carnes de toda a Argentina foi anunciada pelo Ministério da Agricultura nesta quinta-feira. Um dia antes, o ministro Roberto Rodrigues havia determinado o veto apenas aos produtos da província de Corrientes, situada a 280 quilômetros do Rio Grande do Sul, onde foi registrado um foco de febre aftosa.

A ampliação da medida tem por objetivo evitar a propagação da doença em território brasileiro. Ao mesmo tempo, pretende impedir que sejam prejudicadas as negociações entre o Brasil e os países que deixaram de importar carne brasileira no fim do ano passado, quando foram registrados focos de aftosa em Mato Grosso do Sul e Paraná.