As autoridades chilenas anunciaram nesta segunda-feira que tentarão reverter o quanto antes a decisão do Brasil de suspender a compra de várias frutas do país, depois da descoberta de uma praga em um dos carregamentos.
"O Serviço Agrícola e Pecuário do Chile (SAG) iniciou negociações com órgão equivalente no Brasil para reverter o mais breve possível essa medida fitossanitária, solicitando, além disso, um maior esclarecimento sobre o ocorrido", disse, em comunicado, o diretor do SAG, Francsico Bahamonde.
O ácaro encontrado, "brevipalpus Chilensis", é conhecido no Chile como "Falsa aranha vermelha da vida" e embora só esteja presente nas plantações de uvas, o governo brasileiro estendeu o embargo a várias frutas, entre elas, maçãs, kiwis, frutas cítricas, pera, pera asiática, figo, caqui, entre outras.
Segundo o SAG, uma vez conhecida a medida brasileira, instruiu todas os seus escritórios a não certificar os carregamentos dessas frutas ao país. A medida brasileira é fundamentada no "Ajuste complementar ao acordo básico de cooperação científica, técnica e tecnológica" vigente entre ambos os países.
Na atual temporada de frutas, que começou no dia primeiro de setembro de 2005 e se estenderá até 31 de agosto de 2006, o Chile já exportou para o Brasil 2,632 milhões de caixas de frutas, das quais 657 mil correspondem a uvas de mesa, 400 mil de maçãs e 237 mil de kiwis.
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