Brasília – O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que nas próximas duas semanas saberá se há espaço para duas candidaturas da base aliada à presidência da Câmara. E chegou a admitir a hipótese de a disputa ir para o voto. "Se tiver mais de uma candidatura, haverá disputa em plenário", disse.

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Chinaglia disse que é preciso paciência e que o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), assim como ele, tem todo o direito e legitimidade para lançar sua candidatura. Segundo o petista, ainda é cedo para uma definição. "Temos de ter paciência para que daqui a dez ou quinze dias haja maior clareza por parte daqueles que estão pesquisando qual a candidatura que tem mais chance entre as colocadas, e se de fato haveria espaço para mais outra candidatura", disse.

Sobre a possibilidade de retirar sua candidatura em busca de um entendimento na base, Chinaglia respondeu que ainda é cedo para falar disso. "Como você faz uma campanha dizendo que vai retirar a candidatura? É preciso respeitar os apoios", disse.

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O líder do governo rebateu a declaração do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria manifestado preferência por Aldo. Segundo ele, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genso, disse que Lula não manifestou preferência por um ou outro, dizendo apenas que quer um candidato único da base. "Frente à palavra de Tarso e alguém que relata uma conversa que só ele ouviu, evidentemente eu fico com a opinião de Tarso Genro", disse.

Chinaglia disse que até agora o PSDB não manifestou sua opinião em relação à sucessão na Câmara, negando que os tucanos já tenham se definido por Aldo. E rebateu a possibilidade de uma repetição do efeito Severino, afirmando que a responsabilidade pela eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para a presidência da Câmara foi da oposição, não do PT.