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Congresso

Chinaglia mantém votações, mesmo com clima tenso

Brasília – O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que vai manter a pauta de votações para a próxima semana, mesmo diante da ameaça da oposição de paralisar as votações na Casa.

Os oposicionistas cobram de Chinaglia a instalação da CPI do Apagão Aéreo, que irá investigar as causas da crise no setor, e prometem obstruir as sessões – impedir a formação de quórum – até que sejam atendidos.

Chinaglia indicou que não vai aguardar por um acordo entre governo e oposição para tocar as votações.

"A pauta já está definida e a Câmara vai seguir o seu trabalho normalmente", reiterou.

O petista reconheceu que o embate em torno da CPI tornou a disputa entre os dois lados "mais aguda", mas disse não acreditar que o cenário da última legislatura – com trocas de farpas diárias entre aliados e oposição e inúmeras CPIs – irá se repetir agora.

"Não creio que o clima da legislatura passada que esteve em altíssima temperatura irá se repetir agora. É uma avaliação política. Não trabalho tendo um longo passado pela frente", afirmou.

Na pauta da Câmara da próxima semana, os deputados irão analisar o projeto que acaba com o voto secreto nos plenários da Câmara e do Senado para alguns assuntos, como pedidos de cassação de mandato.

Chinaglia não quis comentar sobre o pedido do PSol para que o Conselho de Ética da Câmara volte a analisar as denúncias contra os deputados Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), acusados de envolvimento no esquema do mensalão, e João Magalhães (PMDB-MG), que teria participado da máfia das sanguessugas.

Os dois primeiros renunciaram na última legislatura para evitar a cassação dos seus mandatos. Magalhães teve o processo arquivado, sem que fosse concluído com o fim da legislatura.

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