Aviação Oposição vai ao STF pedir abertura de CPI
Brasília Os líderes dos partidos de oposição na Câmara (PSDB, PFL e PPS) vão ao Supremo Tribunal Federal, na segunda-feira, às 16 horas, para apresentar mandado de segurança para garantir a instalação da CPI do Apagão Aéreo. Mesmo tendo as assinaturas necessárias para seu funcionamento, a CPI acabou sendo barrada por pressão política da base governista, que alegou que a comissão foi proposta sem ter um fato definido para investigação.
A decisão final sobre a instalação foi remetida para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que tem maioria governista e deve arquivar o pedido de abertura dessa investigação.
"A oposição não aceita o arquivamento do pedido de CPI", afirma o líder da minoria na Câmara, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS).
Brasília O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que vai manter a pauta de votações para a próxima semana, mesmo diante da ameaça da oposição de paralisar as votações na Casa.
Os oposicionistas cobram de Chinaglia a instalação da CPI do Apagão Aéreo, que irá investigar as causas da crise no setor, e prometem obstruir as sessões impedir a formação de quórum até que sejam atendidos.
Chinaglia indicou que não vai aguardar por um acordo entre governo e oposição para tocar as votações.
"A pauta já está definida e a Câmara vai seguir o seu trabalho normalmente", reiterou.
O petista reconheceu que o embate em torno da CPI tornou a disputa entre os dois lados "mais aguda", mas disse não acreditar que o cenário da última legislatura com trocas de farpas diárias entre aliados e oposição e inúmeras CPIs irá se repetir agora.
"Não creio que o clima da legislatura passada que esteve em altíssima temperatura irá se repetir agora. É uma avaliação política. Não trabalho tendo um longo passado pela frente", afirmou.
Na pauta da Câmara da próxima semana, os deputados irão analisar o projeto que acaba com o voto secreto nos plenários da Câmara e do Senado para alguns assuntos, como pedidos de cassação de mandato.
Chinaglia não quis comentar sobre o pedido do PSol para que o Conselho de Ética da Câmara volte a analisar as denúncias contra os deputados Paulo Rocha (PT-PA) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), acusados de envolvimento no esquema do mensalão, e João Magalhães (PMDB-MG), que teria participado da máfia das sanguessugas.
Os dois primeiros renunciaram na última legislatura para evitar a cassação dos seus mandatos. Magalhães teve o processo arquivado, sem que fosse concluído com o fim da legislatura.
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