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Na PR-092, em Almirante Tamandaré, barranco cedeu à força das águas | Daniel Castellano - Agência de Notícias Gazeta do Povo
Na PR-092, em Almirante Tamandaré, barranco cedeu à força das águas| Foto: Daniel Castellano - Agência de Notícias Gazeta do Povo

Alagamento em prédio público

A Assembleia Legislativa do Paraná também sofre com as fortes chuvas no Estado. O sistema de encanamentos do prédio foi danificado pela quantidade de água.

Segundo nota da Assembleia, divulgada no site, são necessárias obras no prédio para evitar esses transtornos.

Leia matéria completa

Balanço das chuvas no Paraná

Almirante Tamandaré – 3.000 pessoas afetadas

Adrianópolis – 150 pessoas afetadas

Araucária - 200 pessoas afetadas

Boa Vista da Aparecida – 20 pessoas afetadas

Campo Largo – 480 pessoas afetadas

Cerro Azul – 16.345 pessoas afetadas

Curitiba – 5 pessoas afetadas

Guarapuava – 20 pessoas afetadas

Itapejara do Oeste – 50 pessoas afetadas

Irati – 3.500 pessoas afetadas

Imbituva – 400 pessoas afetadas

Piraí do Sul – 40 pessoas afetadas

Pinhais – 50 pessoas afetadas

Piraquara – 800 pessoas afetadas

Ponta Grossa – 95.000 pessoas afetadas

Paranaguá – 2 pessoas afetadas

Prudentópolis – 55 pessoas afetadas

Rio Branco do Sul – 100 pessoas afetadas

Salto do Lontra – 450 pessoas afetadas

Total – 120.087 pessoas afetadas

Fonte: Defesa Civil

As chuvas que caíram no Paraná no fim de semana e nesta segunda-feira (1º) já afetaram 120.467 pessoas, em 19 cidades do estado. Os números fazem parte de um balanço divulgado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil às 18h30 desta segunda-feira.

O município onde há mais pessoas sofrendo as consequências das chuvas é Ponta Grossa, nos Campos Gerais. De acordo com o balanço, 95 mil pessoas foram afetadas, principalmente por alagamentos e deslizamentos, segundo o chefe da seção técnica da Defesa Civil, major Jaime Antonio de souza. Nove residências foram destruídas e 27, danificadas. Há 87 pessoas desalojados (em casa de parentes ou amigos) e 35 desabrigados (encaminhadas a abrigos públicos).

Leia cobertura completa sobre as chuvas no Paraná

Abastecimento

Condições das estradas

Ruas

Bairros de Curitiba

Outros transtornos

Desabamentos

Índices de chuvas

Veja imagens da chuva em Curitiba e RMC

Abastecimento

As duas captações de água de Ponta Grossa estão fora de operação por causa da chuva e diversos bairros da cidade já sofrem com a falta d’água. Na captação de Alagados a queda de energia causou danos às bombas de sucção. Os sistemas de Pitangui ficaram inundados com a cheia do rio, danificando a rede elétrica. De acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), equipes trabalham na reparação dos equipamentos e a previsão era de que os sistemas voltassem a operar ainda nesta segunda-feira.

O gerente-geral da Sanepar, Antonio Carlos Gerardi, informou que a reserva de água da companhia, que é acumulada durante a noite, já havia se esgotado por volta das 16 horas. Por isso, já falta água em diversos pontos do município e a orientação é de que as pessoas que moram em casas com caixas-d’água façam uso racional. A Sanepar mantém apenas um reserva técnica e de emergência, destinada a abastecer hospitais e pronto-socorros.

Outro município bastante atingido é Cerro Azul, na região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o balanço, 280 pessoas estão desabrigadas e 70 casas foram danificadas com os alagamentos e uma foi destruida. Ao todo, 16.345 pessoas sofreram com as consequências.

Segundo a Defesa Civil, um dos principais agravantes de Cerro Azul é a cheia do rio Ponta Grossa, que estava acima do nível normal e provocou o isolamento da cidade. Famílias retiradas de suas casas foram abrigadas na escola Escola Municipal Padre Luciano.

Próximo a Cerro Azul, em Adrianópolis, foram registrados 150 desabrigados em razão dos alagamentos. Ao todo, 30 casas foram danificadas, segundo a Defesa Civil. Também na região metropolitana, as cidades de Pinhais, Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul tiveram registros de desabrigados ou desalojados, além de casas danificadas por causa de deslizamentos.

Em Almirante Tamandaré, três mil pessoas foram afetadas, principalmente por deslizamentos. Vinte e quatro casas foram danificadas e os moradores ficaram desalojados. A água também invadiu ruas e estabelecimentos comerciais. Na PR-092, houve um deslizamento de barreira.

O restaurante de Maxwek Jessé ficou inundado. Quando a água começou a invadir o local, ele e o pai tiveram que, rapidamente, suspender móveis e objetos para que não fossem danificados pela enchente. De acordo com Jessé, esta é a segunda vez que o estabelecimento é danificado pelas chuvas.

Em Pinhais, o Rio Palmital transbordou e invadiu casas. A cidade também registrou deslizamentos de terra, segundo a Defesa Civil. Ao todo, até as 18h30, 50 pessoas foram atingidas pelas consequências das chuvas.

Moradora do município, a costureira Elizandra Ribeiro de Lara, 24 anos, disse que, até as 19h dessa segunda-feira a água ainda estava alta e havia baixado pouco. Segundo ela, alagamentos por conta do rio são frequentes. "Muitos vizinhos meus não conseguiram tirar o carro da garagem. Nós ficamos em uma parte mais alta da casa para fugir da água". A moradora recebeu atendimento da Defesa Civil, mas preferiu permanecer no local em virtude de sua avó não conseguir andar muito.

Em Salto do Lontra, no Sudoeste do Paraná, a chuva e os ventos fortes afetaram 60 residências e destruíram outras duas. Noventa pessoas estavam desabrigadas e outras dez ficaram desalojadas.

Em Itapejara d’Oeste, também no Sudoeste, 50 pessoas foram afetadas, mas não houve desabrigados ou desalojados. Dez casas do município foram danificadas pela chuva e pelos ventos fortes.

Na região central do Estado, a cidade de Pitanga teve oito bairros atingidos pelo transbordamento dos rios Pitanga e Hernesto, na região central do município. Segundo o corpo de bombeiros da cidade, muitas pessoas tiveram que ser removidas de suas moradias para casas de parentes.

Cinco residências foram danificadas em Boa Vista da Aparecida, no Oeste do estado. Vinte pessoas foram afetadas pela chuva.

Ajuda

A Coordenadoria da Defesa Civil, anunciou, em sua página na internet, que o governo do estado determinou o envio de 40 colchonetes e 40 cobertores para apoiar as vítimas das chuvas em Cerro Azul. Para Campo Largo, serão enviados 100 colchonetes e 100 cobertores.

Estradas

O excesso de chuva também causou a interdição de rodovias e ruas em Curitiba, região metropolitana, nos Campos Gerais e na região Central do Estado.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, até as 15h30 pelo menos seis estradas estaduais apresentaram interdições totais ou parciais durante o dia. Os transtornos ocorreram nas PRs 092, 427, 151, 364, 340 e 418, segundo balanço divulgado.

Por volta das 19h, apenas a PR-151, nos Campos Gerais, no trecho que liga Ponta Grossa a Carambeí, estava parcialmente interditada por conta do transbordamento de um rio no km 302.

Durante o dia, a situação foi complicada. Na PR-092, uma das ligações entre Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul, a rodovia ficou completamente bloqueada, nos dois sentidos até as 16h por causa da queda de barreira.

A PR-427, no km 48, no trecho entre Lapa e Porto Amazonas, na região metropolitana da capital, apresentou pontos de alagamento. Equipes da concessionária Caminhos do Paraná monitoraram o trânsito na região. No final da tarde, a rodovia foi liberada para o tráfego.

Em Irati, região Centro Sul do Estado, a PR-364 apresentou alagamento na pista nos quilômetros 97 e 100, por volta das 15h. A PRE não informou sobre interdições nessa rodovia.

Na BR-116, no km 03, no sentido Curitiba, próximo a divisa com São Paulo, houve queda de barreiras e a rodovia operava em meia pista às 16h40. No km 08, também no sentido da capital paranaense, uma queda de barreira na cabeceira do rio Trindade deixava a estrada em meia pista.

Em outro trecho, no km 524, já em São Paulo, no sentido que vai para a capital paulista, o trânsito também estava congestionado por causa da queda de barreiras. A fila de carros chegava à divisa com o Paraná por volta das 16h40. A PRF recomenda que o motorista só utilize a rodovia em caso de urgência.

Durante a manhã desta segunda-feira, na BR-116, no sentido Curitiba-São Paulo, houve congestionamento de 2 quilômetros - do quilômetro 35 ao 37, em Campina Grande do Sul - por causa do mau tempo e de um acidente que ocorreu no domingo (31). A lentidão chegou a 22 quilômetros durante a manhã, mas o tráfego já foi regularizado.

Segundo o proprietário da empresa de ônibus Curitiba Cerro Azul Ltda, Dorival Piccoli Júnior, a PR-092 também tinha bloqueios nos trechos entre Curitiba e Cerro Azul e também entre a capital e Dr. Ulysses. "Os ônibus que saíram da Rodoferroviária de Curitiba não conseguiram chegar a esses municípios nesta manhã e tiveram de retornar para a capital", afirmou Piccoli Júnior. A PRE disse que ainda não tinha informações sobre a situação da estrada nessas cidades.

A BR-476, conhecida como Estrada da Ribeira, apresentava problemas no tráfego do km 0, em Adrianópolis, por conta do alagamento em uma ponte. A Polícia Rodoviária Federal informou, às 16h30, que havia vários pontos de bloqueios na pista por conta de quedas de barreiras. O órgão afirmou que ainda não tinha como confirmar em quais locais foram as interdições.

Já na cidade de Rebouças, no Sudeste do Estado, a BR-153 apresentava alagamentos em uma ponte no km 342, por volta das 16h40. Segundo a PRF, apenas caminhões grandes passavam pelo local.

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Ruas

Algumas avenidas e ruas de Curitiba e Região Metropolitana apresentaram problemas por conta das chuvas. No bairro Ganchinho, a Estrada do Ganchinho, no encontro com a Rua Eduardo Pinto da Rocha, teve meia pista bloqueada por conta de uma cratera que causou erosão no local. Equipes da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) estavam no local para orientar o trânsito, por volta das 17h.

Parte do muro de um condomínio desabou na Rua Mateus Leme, no bairro São Lourenço, em Curitiba nesta manhã. Por esse motivo, o tráfego ficou em meia pista entre as ruas Evaldo Wendler e a Professor Joaquim de Matos Barreto, até as 17h , de acordo com a Urbanização de Curitiba (Urbs). A assessoria do órgão informa que, apesar da interdição, não havia problemas com as 13 linhas que passam pelo local. Não havia previsão para a liberação total da rua.

O trânsito na trincheira do cruzamento da Avenida Rui Barbosa com a Avenida das Torres (Comendador Franco), em São José dos Pinhais, também na RMC, foi bloqueado pela manhã. A chuva causou o alagamento da trincheira. Até as 18h desta segunda-feira, a Prefeitura da cidade não havia informado se o trecho havia sido liberado.

O semáforo do cruzamento da Avenida Victor Ferreira do Amaral com a Rua Brasílio de Lara, no bairro Capão da Imbuía, ficou desligado pela manhã. O equipamento teve problemas técnicos por causa da chuva, mas já foi consertado.

Agentes da Diretran estavam no Capão da Imbuía e no São Lourenço para orientação do trânsito.

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Bairros de Curitiba

Entre as 0h e as 17h desta segunda-feira, a capital do Paraná já havia registrado alagamentos nos bairros Uberaba, CIC, Pinheirinho, Ahú, Pilarzinho, Santa Felicidade, Caximba e Boqueirão.

A cheia do Rio Barigui por causa da chuva causou o alagamento de uma das entradas do Parque Tingui, no bairro Vista Alegre, na capital. O acesso ao parque permanecia bloqueado no cruzamento das ruas José Valle e José Casagrande, por volta das 17h50. O Parque Barigui também teve interdição de acesso por causa da cheia no rio.

Equipes da Prefeitura de Curitiba trabalhavam na limpeza de galerias pluviais, obstruídas pelo lixo trazido com as chuvas, em 39 pontos de alagamento na cidade.

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Outros transtornos

O Corpo de Bombeiros atendeu pelo menos 33 ocorrências nas últimas 24 horas, em Curitiba e RMC, entre alagamentos, desabamentos e pessoas ilhadas.

Segundo a Defesa Civil de Curitiba, pontos de alagamento foram registrados nos bairros Uberaba, CIC, Pinheirinho, Santa Felicidade e Boqueirão nesta manhã.

Os bombeiros foram acionados para socorrer pessoas ilhadas em residências no bairro Uberaba, em Curitiba, em Campo Largo e Pinhais.

Um idoso acamado teve de ser retirado de um imóvel na Rua Emílio Dehling, no Uberaba, por volta das 7h40. Outra idosa ficou ilhada em Pinhais, no Jardim Cláudia, e a corporação foi chamada às 8h05 para socorrer a mulher.

Outro registro de alagamento em Pinhais ocorreu no bairro Palmital. Os bombeiros foram chamados por volta das 8h40 e ainda não havia informações sobre o número de pessoas ilhadas. A mesma situação era verificada na Rua Marina Ferreira, em Campo Largo.

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Desabamentos

Parte de uma casa desabou em Almirante Tamandaré, na Rua José Danoiski Filho, por volta das 8h30.

Em Rio Branco do Sul, um barranco desabou na Rua Antônio Elias, no bairro Nossa Senhora de Fátima, por volta das 7h30. Não houve vítimas.

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Índice de chuva

O volume de chuva registrado em Curitiba entre a zero hora de sábado (30) e 8 horas da manhã desta segunda-feira (1º) foi de 138,6 milímetros, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar. O índice pluviométrico previsto para todo o mês de julho era de 100 milímetros e para agosto é de 70 milímetros.

A previsão é de que a frente estacionária que esteve sobre o estado nos últimos dias deixe a região. As chuvas devem cessar nesta terça-feira, podendo voltar apenas no final de semana.

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Veja imagens da chuva em Curitiba e RMC

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