A causa da redução de incêndios florestais em agosto foi a chuva dos 15 primeiros dias do mês. Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Instituto Tecnológico Simepar, depois de um dia de chuva a vegetação leva de três a quatro dias de sol para secar e correr risco de incêndio. "Por isso, incêndios ambientais não seriam possíveis em muitas regiões do estado em agosto", afirma.
Maringá é um exemplo. A cidade, que costuma concentrar a maioria dos registros de incêndios de campo do estado, teve 230 milímetros de chuva em agosto, contra apenas oito milímetros em julho. O tempo seco de julho possibilitou a ocorrência de 630 queimadas; já no período chuvoso de agosto, os número de casos caiu para 259.
Braune acredita que a baixa umidade, típica de agosto, foi antecipada para julho neste ano. Segundo ele, a mudança não se deu devido a nenhum fenômeno incomum, mas apenas em virtude de frente fria. Um fato que surpreendeu o meteorologista foi a seqüência de dias chuvosos em agosto. Em agosto de 2007, o volume pluviométrico em Maringá chegou aos 253 milímetros. A diferença é que em 2008 o período de chuva durou mais. A média histórica da umidade relativa do ar em Maringá está entre 90 a 100 milímetros para o mês de agosto.
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