A sala de informática ficou alagada e a obra do novo prédio está parada| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Salas que não comportam mais de 30 alunos tiveram de acomodar até 60 crianças ontem, por causa da interdição de um dos prédios da Escola Municipal Eugênia Tala­mini, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O prédio principal da escola teve de ser fechado por causa das fortes chuvas em Curitiba e região. Com isso, mais de 150 alunos da 1.ª à 5.ª série dividiram es­­paço com outros alunos para não ficar sem aula. Outras sete escolas tiveram problemas por causa do temporal.

CARREGANDO :)

Segundo a diretora auxiliar, Elaine Gomes dos Santos, há cinco anos a escola tem problemas de infraestrutura. Ontem, o medo de um curto-circuito levou funcionários a chamarem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. "A Secretaria de Educação do município sempre esteve ciente do problema", garante Elaine.

O acesso a seis salas de aula, à sala da diretoria, à biblioteca, à cozinha e ao laboratório de informática ficou restrito aos funcionários da limpeza. Com o fechamento do prédio principal, que tem um pátio de lazer, o recreio foi feito nos corredores. Sem um documento oficial de interdição, a direção da escola está insegura sobre que atitude tomar nos próximos dias. A Defesa Civil não confirmou a interdição da escola.

Publicidade

Enquanto isso, do outro lado da rua, a obra da nova escola, iniciada em 2008, está embargada pela prefeitura por causa de problemas na licitação. O prédio principal da instituição – que atende 950 alunos – não acomoda todos os matriculados. Para tentar amenizar o problema, em 2003 foram construídos dois anexos de madeira que abrigam nove turmas. Além disso, seis turmas utilizam salas da igreja do bairro. Com a interdição de ontem, mais três turmas passaram a ter aulas no espaço alternativo.

Outro lado

Segundo a secretária municipal da Educação, Tânia Galvão Centeno, das oito escolas atingidas pelas chuvas nos bairros Jardim Independência, Afonso Pena e Borda do Campo, a escola municipal da Planta São Marcos foi a mais comprometida. Ela admite que os problemas existem há cinco anos. "O telhado tem problemas estruturais e as goteiras são comuns. Infeliz­­mente, o município não teve condições de investir na recuperação", diz. A secretária prevê que o novo prédio deverá ser entregue no segundo semestre de 2011. A diretora auxiliar Elaine Gomes dos Santos estima que R$ 40 mil foram gastos no ano passado com a reforma do telhado.