Os veranistas que decidirem ir até Guaratuba pela Estrada de Garuva (com acesso pela BR-376) na próxima temporada vão demorar um pouco mais para chegar. As obras de recuperação da pavimentação da pista que estão sendo feitas tanto no trecho paranaense quanto na parte catarinense da rodovia só devem ser totalmente concluídas na metade do ano que vem.
O prazo está dentro do previsto nos contratos, mas o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) e o Departamento de Infra-Estrutura de Santa Catarina (Deinfra-SC) tinham a intenção de concluir boa parte da recuperação da PR-412 e da SC-415 antes das férias de verão. Por isso, aceleraram o cronograma das duas obras.
Mas as chuvas do mês passado emperraram os trabalhos. O trecho, que possui pouco mais de 36 quilômetros, é administrado pelo governo dos dois estados. O DER é responsável pelos trabalhos em 19 quilômetros da rodovia, já o Deinfra-SC administra as obras num trecho de 17 quilômetros. A decisão de manter as obras durante a temporada será diferente em cada estado.
Tráfego
Na SC-415, segundo o presidente do Deinfra-SC, Romualdo de França Júnior, as obras devem parar no dia 10 de dezembro, sendo retomadas somente após o Carnaval de 2006. "Mesmo se a gente não concluir, iremos liberar para não atrapalhar o tráfego", disse. Já na PR-412, o diretor-presidente do DER, Rogério Tissot, explica que as obras na pista terão continuidade durante as férias de verão. "Mas vamos interromper a obra nos fins de semana para não gerar transtorno."
Tissot ainda afirma que apesar do contrato estabelecer julho de 2006 como prazo máximo para a conclusão dos trabalhos, a intenção é finalizar as obras até março do ano que vem. A construção de calçadas na parte urbana de Guaratuba e o trevo de acesso ao município de Itapoá serão concluídos antes do início da temporada.
A notícia de que máquinas podem ocupar a rodovia durante a temporada não agrada os motoristas. O farmacêutico Arlindo Simões Júnior, 39 anos mora em Guaratuba há dois anos, e pelo menos duas vezes por semana utiliza a estrada para ir a Curitiba. "A estrada estava muito ruim e precisava destas obras. Mas acho que deveriam parar durante a temporada porque o fluxo é muito alto", disse. O movimento na rodovia aumenta bastante durante a temporada. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a média de veículos passa de 800 para 4,2 mil por dia no verão. Já o engenheiro Carlos Roberto Nóbrega, 55 anos, aposta num verdadeiro caos se a manutenção das obras durante a temporada for mantida. Nóbrega mora em Londrina e utiliza a estrada para ir a Itapoá pelo menos duas vezes por mês. "Eles tinham de parar tudo e voltar a trabalhar só depois do Carnaval. Agora já está complicado", disse.
A viagem, mesmo com o fluxo normal de veículos testa a paciência dos motoristas. Sem as obras, o percurso entre Garuva e Guaratuba era feito em cerca de 30 minutos. Agora esta é a média de espera durante os fins de semana, em apenas uma das quatro paradas em que o trânsito precisa fluir em meia pista. À noite, além de lenta, a viagem se torna perigosa. Falta sinalização adequada nos trechos de desvio. De dia, alguns motoristas tentam recuperar o tempo perdido e abusam na velocidade e nas ultrapassagens.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Litoral do Paraná (Sindilitoral), José Carlos Chicarelli, pede bom senso aos usuários e defende que é melhor se sacrificar um pouco nesta temporada para ter uma rodovia melhor nos próximos anos. "A melhoria desta estrada foi uma cobrança muito grande da população e do comércio da região. Agora é preciso ter um pouco de paciência", disse.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora