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Leia no Blog Vida e Cidadania os relatos dos repórteres Bruna Maestri Walter e Jonathan Campos, enviados da Gazeta do Povo ao Nordeste
Na madrugada desta terça-feira (29), a chuva deu uma trégua, mas os moradores de Pernambuco e de Alagoas continuam enfrentando transtornos por conta dos alagamentos que atingiram pelo menos 95 municípios dos dois estados nas últimas semanas. No total, 54 pessoas morreram.
A queda de uma ponte que dá acesso a Campestre e Jacuípe (ambas em AL) deixou os dois municípios isolados e dificulta a entrega de donativos às famílias prejudicadas.
Em Jacuípe, o rio subiu cerca de 12 metros e muitas casas ficaram debaixo d'água no início desta semana. O rio também transbordou novamente em Matriz de Camaragibe e em Porto Calvo. Em Murici, a correnteza do Mundaú assustou.
Em algumas cidades alagoanas, a preocupação é com os abrigos superlotados. As famílias retiradas das áreas de risco não conseguem vaga. "Está tudo cheio. Não tem onde ficar", afirma uma mulher. Em São José da Laje, a população enfrenta longas filas em busca de ajuda para tentar recomeçar a vida.
Nas áreas atingidas pelas enchentes, o alto nível da água dos rios e a forte correnteza se transformam em uma ameaça. "Fico nervosa com o barulho. Não durmo há dias, com medo", diz uma moradora.
Em Palmares (PE), depois de mais um alagamento, na segunda-feira (28), moradores recomeçam a limpeza de suas casas.
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