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Poeira estelar do asteroide 3200-Phaeton é atraída pela Terra e queima ao entrar na atmosfera, criando um espetáculo belo e colorido | Antônio More/Gazeta do Povo
Poeira estelar do asteroide 3200-Phaeton é atraída pela Terra e queima ao entrar na atmosfera, criando um espetáculo belo e colorido| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Serviço

"As Estrelas Cadentes de Gêmeos"

Data: 29/11, 06/12, 13/12 (sábados)

Horário: 16 horas

Valor: R$ 28 (inteira) e R$ 14 (meia)

Mais informações: www.ftddigitalarena.com.br

Endereço: Rua Imaculada Conceição, 1155 (PUCPR)

Dezembro é mês de festa no céu, para alegria dos astrônomos. Meteoros multicoloridos atingem a Terra em uma velocidade média que chega a 60 quedas por hora nos dias de pico. O fenômeno, conhecido como Geminídeas, pode ser visto a olho nu, de preferência em locais afastados da cidade (para fugir da claridade artificial). Mas os curitibanos têm como alternativa assistir a uma simulação no planetário digital da FTD Arena, montado no câmpus da PUCPR no Prado Velho.

Entre 6 e 19 de dezembro, a órbita da Terra coincide com a do asteroide 3200-Phaeton, e a gravidade "puxa" a poeira estelar, que é liberada pelo corpo celeste quando este se aproxima do Sol. Os pedregulhos incendeiam quando entram na atmosfera, e assim se formam os meteoros. A variação de cores é causada por elementos químicos que queimam de maneira variada (sódio vira amarelo; bário, verde; e o estrôncio fica vermelho).

Quem observa o céu fica com a impressão de que as gotas de meteoros partem todas do mesmo lugar: da constelação de gêmeos. Por isso o nome. O professor de astronomia da PUCPR João Carlos de Oliveira dá a dica sobre qual a melhor maneira de acompanhar a chuva. "Pegar uma cadeira de praia, deitar, olhar para o céu na região da constelação e ficar só observando." O pico de atividades será nos dias 13 e 14 de dezembro (que neste mês cairão no fim de semana).

Simulação

Durante os cerca de 50 minutos da sessão no planetário, o professor simula os meteoros, mas também faz uma viagem interestelar. Constelações, planetas, nebulosas são apresentados de maneira didática. A tela em 360º, no teto, é um espetáculo à parte. Somam-se a isso as poltronas reclináveis e som emitido de todas as direções (inclusive embaixo da cadeira e por trás da tela).

A simulação é feita por um software a partir de cálculos que podem "mostrar"o céu de qualquer lugar e em qualquer época. Inclusive para um observador que não esteja na Terra, mas na Lua, por exemplo.

O foco de Oliveira, porém, é o céu de Curitiba, para ensinar aos participantes o que eles próprios podem observar em seu dia a dia. São as constelações de Órion, Touro e Cão Maior no inverno; Cruzeiro do Sul, Centauro, Escorpião e Gêmeos, no verão. Os visitantes viajam até nebulosas (surgidas do nascimento ou morte de estrelas), conhecem as galáxias visíveis da Terra a olho nu e aglomerados estelares, entre outros corpos celestes.

Entre as projeções mostradas pelo professor está a Estrela de Belém, que na tradição cristã foi o astro que guiou os Reis Magos ao local do nascimento de Jesus. A ideia é voltar para o ano 1 antes de Cristo e "mostrar como as pessoas daquela época enxergavam o céu, o que aparecia de diferente que elas poderiam interpretar, como a Estrela de Belém", explica Oliveira.

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