Abandono
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), responsabilizou as "décadas de abandono" da Baixada Fluminense pelas enchentes ocorridas na região. Ele se reúne hoje com o ministro Francisco Teixeira (Integração Nacional) e o secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Junior, para pedir apoio emergencial e verbas para intervenções que ajudem a reduzir os impactos da chuva.
As chuvas que atingem a capital e algumas cidades do Rio de Janeiro desde a noite da última terça-feira deixaram pelo menos três mortos e um desaparecido. Cerca de 4,1 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O corpo de Reinaldo de Souza, de 27 anos, foi resgatado ontem de manhã por bombeiros de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste do estado. O carro que Souza dirigia um Golf amarelo foi levado pela enxurrada, quando parte da rodovia RJ-230 cedeu.
O acidente aconteceu na noite de quarta-feira. A força das águas do Rio Itabapoana fez a estrutura ceder. Os irmãos Edson e João Pedro Jacominho, de 26 e 15 anos, também trafegavam no local e tiveram o carro arrastado. Edson conseguiu escapar do automóvel, mas João Pedro foi levado pelas águas. O coordenador da Defesa Civil municipal, Alexandre Alcântara, disse que são pequenas as chances de encontrar o adolescente com vida. A principal hipótese é que ele tenha sido lançado do carro no momento em que a estrada cedeu.
Já a prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, confirmou a morte do pedreiro Martinho da Silva, de 50 anos. Ele desapareceu na madrugada de quarta-feira, no bairro Rodilândia, quando foi arrastado pela correnteza de um rio. O corpo de Silva foi encontrado três quilômetros depois, no Rio Botas, em Belford Roxo. Também em Belford Roxo foi encontrado o corpo de Neilson Viana Ribeiro, de 18 anos, que caiu num rio que passa no Recantus, na manhã de quarta-feira.
Baixada
A região da Baixada Fluminense foi bastante atingida. As cidades mais afetadas são Mesquita, Queimados, Nova Iguaçu e Japeri. As duas últimas decretaram estado de calamidade pública. Estes municípios, no entanto, não registraram mortes, apesar dos estragos. Segundo balanço da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, a região possui 415 desabrigados e 2.289 desalojados. Na capital, 200 pessoas ficaram desalojadas e outras 50 desabrigadas.
Garis recolhem 700 toneladas de lixo e entulho
Um dia após o temporal que levou caos à zona norte do Rio, as principais vias da região já não apresentam pontos de alagamento. No entanto, ainda há muito lixo e lama acumulados nas ruas. Moradores que tiveram suas casas invadidas pela água tentavam limpar a sujeira e contabilizar os prejuízos ontem.
Jéssica Coelho, de 21 anos, desempregada, mora com as duas filhas, de 6 e 2 anos, em um barraco à beira de um rio no Morro do Chaves, em Barros Filho (zona norte). Ela contou que a água começou a invadir sua casa no início da madrugada de quarta-feira. "A água passou da minha cintura, perdi cama, sofá, guarda-roupa, geladeira, tevê e mantimentos", lamentou.
Garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) ainda trabalham na limpeza das ruas e caminhões retiram entulho das calçadas. Balanço divulgado no fim da tarde pela prefeitura informa que 700 toneladas de lixo foram recolhidas pela Comlurb nos bairros da zona norte.
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