O distrito de Xerém (Duque de Caxias) amanheceu devastado, com lama e entulho por toda parte| Foto: Osvaldo Praddo/Agência O Dia

Em alerta

Com previsão de mais chuva, equipes ficarão de plantão na região

A busca por vítimas e os trabalhos de recuperação foram interrompidos às 17h30 de ontem "A previsão é de mais chuva e vamos deixar quatro equipes de plantão na região. Amanhã [hoje], às 4h, reiniciamos as buscas pelo desaparecido", afirmou o subcomandante-geral dos bombeiros, tenente-coronel Alcântara. O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (PSB), percorreu pela manhã os bairros mais atingidos e decretou estado de emergência no município. O prefeito espera que a medida apresse a liberação de recursos federais para reconstruir Xerém. Segundo Cardoso, serão necessários entre R$ 25 milhões e R$ 35 milhões.

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Os temporais que atingiram o estado do Rio de Janeiro na madrugada de ontem provocaram a morte de uma pessoa em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e deixaram pelo menos 370 desabrigados e 1,4 mil desalojados em cinco municípios. Também foram afetadas pelos temporais Angra dos Reis e Mangaratiba, na Costa Verde, e Teresópolis e Petrópolis, na Região Serrana. Mais de 20 pessoas ficaram feridas.

Os estragos ocorrem menos de dois anos depois da maior tragédia natural do país. Chuvas que começaram na madrugada de 12 de janeiro de 2011 deixaram 916 mortos e 345 desaparecidos na Região Serrana.

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Área mais atingida pelo temporal desta quinta, Xerém sofreu a pior tragédia em 40 anos e amanheceu devastada. Ruas cobertas de lama, carros levados pela enxurrada e entulho por toda a cidade formavam o cenário de destruição causado pelo transbordamento de três rios. Pelo menos oito casas foram destruídas pelas águas. O homem que morreu não havia sido identificado até o início da noite de ontem. Ele aparenta ter 50 anos e seu corpo foi encontrado na Praça da Mantiqueira. Mil pessoas ficaram desalojadas.

Havia ainda um desaparecido: um funcionário da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, identificado pelo Corpo de Bombeiros apenas como Enéas, que trabalhava em uma represa quando as chuvas começaram.