Após atingir o Sul do Paraná no final da manhã deste domingo (19), volta a chover forte na Região Metropolitana de Curitiba. Os ventos e a nebulosidade voltaram aos municípios por volta das 14h15. O Instituto Tecnológico Simepar alerta para fortes rajadas de vento, que podem variar de 60 a 70 km/h. A situação pode se repetir em Campo Largo, município mais afetado pelo temporal de sexta-feira (17).
De acordo com o meteorologista do Simepar Tarcízio Valentin da Costa, toda a cidade de Curitiba e os demais municípios da região metropolitana poderão ter temporais com essa área de instabilidade que se formou e avançou sobre o Leste do estado. "São chuvas fortes, típicas de verão. São Parecidas com a de sexta-feira. A diferença é que desta vez vem com ventos", explica.
A nebulosidade, no início da tarde, já havia se formado em outros municípios, como Palmas, que registrou temporal, acompanhado de granizo e de ventos de 66 km/h. Em Londrina, no Norte do Paraná, as rajadas chegaram a 65 km/h. Assim como em Palmas, segundo o meteorologista, pode haver queda de granizo na Grande Curitiba mais uma vez, o que coloca o município de Campo Largo em alerta.
Campo Largo
Voltou a chover no município com ventania, segundo a Defesa Civil local. Funcionários da força de segurança estão na tarde deste domingo no Centro da Junventude, onde recebem uma grande quantidade de doações de lona e colchões, da Provopar e da Defesa Civil Estadual.
Também há voluntários da população de Campo Largo ajudando a separar e distribuir as doações, segundo o coordenador da Defesa Civil do município Alexandre Custódio Telesse. "A maioria das casas já está coberta com lona, há apenas o temor de que o vento possa vir a arrancar essas lonas e zerar o trabalho", diz ele.
Ainda neste domingo, o prefeito da Cidade, Affonso Portugal Guimarães, vai assinar o decreto de situação de emergência no município.
Causas
Uma frente fria que se aproxima do Paraná, associada ao forte calor, provoca os temporais que atingem o Paraná neste domingo. Segundo o Simepar, a formação da frente fria, que concentra nebulosidade nas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, aliada a ao forte aquecimento atmosférico no Paraná, facilita a formação de núcleos de chuva forte no estado.