Com a forte chuva que atingiu São Paulo no domingo (8), todos os reservatórios de São Paulo registraram aumento no nível de capacidade nesta segunda-feira (9).

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Metade da água que abastece os grandes clientes da Sabesp sai do Cantareira

Dos cerca de 1,8 bilhão de litros que abasteceram, os 526 clientes que têm contratos de fidelidade, com tarifas vantajosas, 851 milhões (46,5%) saíram do manancial

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De acordo com dados da Sabesp, o Cantareira passou de 12,3% para 12,9%, ou seja, um aumento de 0,6 ponto percentual. É o maior aumento registrado no mês de março.

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Esse índice já inclui a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

O Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista --eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

A Sabesp divulgou nesta segunda-feira que pela primeira vez desde o início da sua operação, em 1973, o Cantareira não é mais o maior produtor de água em São Paulo, posto que agora é ocupado pelo Guarapiranga. Em fevereiro de 2015, o Cantareira produziu em média 14,03 m³/segundo, contra 14,49 m³/s do Guarapiranga, seguidos pelo Alto Tietê, que entregou 11,04 m³/s no período.

Comparando a produção de fevereiro de 2014 com fevereiro de 2015, a retirada de água do Cantareira teve uma redução de 56%, o que significa uma economia de 17,74 m³/s no mês --volume suficiente para abastecer aproximadamente 5,3 milhões de pessoas durante o mês.

Segundo a Sabesp, essa economia de água é consequência de medidas como o programa de bônus aos clientes que reduziram o consumo, que em fevereiro completou um ano de existência com adesão recorde de 81% dos usuários.

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A Sabesp informou ainda que outra iniciativa de incentivo à redução do consumo também contribuiu para a economia de água: a cobrança de tarifa de contingência, que passou a vigorar nas contas emitidas em fevereiro para quem gastou mais água e incidiu sobre 12% das faturas emitidas pela Sabesp no período.

Outros mananciais

O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, avançou de 67,7% para 69,3%.

Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 19,7% de sua capacidade, após subir 0,6 ponto percentual.

O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

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O reservatório Rio Grande, que atendem a 1,5 milhão de pessoas, está com 89,8% sendo que no dia anterior o nível era de 87,7%. Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, avançou de 38,9% para 39,5%.

O sistema Alto Cotia opera com 50,3%. No domingo, o reservatório que fornece água para 400 mil pessoas, operava com 44,8%.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.