Parque Barigui amanheceu alagado neste sábado (7)| Foto: André Rodrigues / Gazeta do Povo

Moradores perdem seus bens por causa da chuva

A regional da Fazendinha e as cercanias do Barigui também receberam atenção da Defesa Civil, que trabalhava com apoio da Guarda Municipal, na manhã deste sábado (7).

Um bairro bastante atingido pela chuva foi o Boqueirão. A Rua Desembargador Antonio de Paula estava bastante alagada, segundo o morador Elias Saade Filho. Ele relata que, por falta de uma tampa na comporta, o Rio Belém transbordou e já atingiu a totalidade da via. "Dali para baixo não tem como andar. O rio está transbordando por baixo. Teve casas atingidas, gente que perdeu tudo." Na Rua Salomão Elias Feder, no Uberaba, o zelador Valmir Alders, 44 anos, viu a água começar a subir dentro da casa onde mora com a mulher e quatro filhos – o mais novo, de quatro meses –, por volta das 8 da manhã. "Às 8h30, estava tudo alagado. A água chegou a dois metros de altura. Perdi tudo."

Segundo ele, até a hora do almoço, nenhuma equipe da prefeitura ou Defesa Civil tinham ido ao local para dar apoio à população. "Não sei para onde ir, agora é correr atrás de algum lugar." No Uberaba, onde mora há seis anos, o servidor público José Lair, 64 anos, conta que se preveniu dos frequentes alagamentos com dispositivos e um portão especial. Pouco atingido pelos estragos, ele dava apoio aos vizinhos afetados.

"Estou fazendo um almoço aqui para ajudar o pessoal. Está todo mundo sem água, sem alimentos. Tive um ataque de choro de ver as pessoas perdendo tudo. Não apareceu ninguém para ajudar, a Defesa Civil disse que estava atendendo outras situações."

Com a casa abaixo do nível da Rua Demetrio Lezan, a aposentada Beatriz Roznowski, 54 anos, teme a previsão de continuidade da chuva no fim de semana. Por volta das 7 horas da manhã do sábado, ela viu a água subir um palmo dentro de casa, danificando geladeira, fogão, guarda-roupas e cômoda. "Lá fora, no quintal, a água está no joelho. Preciso de uma bomba de sucção para tirar essa água, porque se chover mais, vai complicar. Liguei na Defesa Civil, e eles só podem conseguir a bomba num dia útil, a gente precisa pra agora", reclama.

Por volta das 13h30, quando a água começou a baixar, o atendente de farmácia Giovani Bozza Dias, 35 anos, conseguiu contabilizar parte das perdas. Morador da Vila São Paulo, com a esposa e três filhos, ele relata que contou com a ajuda de vizinhos no momento do alagamento. "A gente não tem muita coisa, mas perdeu o essencial. A água chegou na cintura, estragou cama, guarda-roupa."

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Bairro do Fazendinha ficou com várias ruas alagadas
Parque Barigui depois da chuva
Vários pontos de alagamento no Parque Barigui
Chuva causou estragos e acidentes no bairro Fazendinha
Bairro Fazendinha teve várias ruas alagadas
Parque Barigui embaixo d´água
Registro da moradora Evelyn Hanthorne no bairro Vitória Régia, CIC
Alagamento em Campo Magro
Registro do estrago no bairro Cascatinha feito pelo morador Alessandro Frioli
Alagamento na Cidade Industrial fotografado por Juliana Guerra
Ruas alagadas no Hauer, registradas pela moradora Adriana Ribeiro
Foto do leitor Fabiano Duda mostra o Parque Tingui todo alagado
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A chuva forte registrada na madrugada deste sábado (7) causou pontos de alagamentos e deixou famílias desabrigadas em Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com a Defesa Civil, a situação mais crítica nesta manhã era registrada no Uberaba, nas proximidades do canal Belém, quase divisa com São José dos Pinhais. Moradores eram retirados de suas casas completamente alagadas, com o apoio de botes salva-vidas.

Até o início da tarde, a prefeitura ainda não tinha contabilizado o número de famílias desabrigadas. Equipes da Fundação de Ação Social trabalhavam auxiliando a população afetada. Segundo a assessoria do município, além do Uberaba, as regionais da CIC, Santa Felicidade, Boa Vista, Cajuru e Boqueirão foram as mais atingidas pelos estragos da chuva.

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Na CIC, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Barigui estava aberto para atender quem necessitasse de cobertores, cestas básicas e colchões. Outro ponto de atendimento era a Central de Resgate da FAS, na Rua Conselheiro Laurindo. Para facilitar o acolhimento da população, abrigos eram montados nas regionais, segundo a prefeitura. Com previsão de mais chuva ao longo do sábado, o trabalho da assistência social deve se estender até o período da noite.

A prefeitura ainda trabalhava no balanço dos estragos causados pela chuva do início da manhã. Segundo a assessoria de imprensa do município, uma queda de árvore foi registrada na noite da sexta-feira (6), na Praça Tiradentes, mas ninguém ficou ferido.

A chuva também atingiu três unidades municipais ligadas à educação. O Centro Municipal de Educação Infantil Barigui, a Gibiteca e a unidade Guilherme Braga, que presta atendimento de contraturno escolar, no Cajuru, ficaram alagados.

A prefeitura admite problemas pontuais no trânsito, decorrentes de desligamentos de semáforos por falta de energia elétrica. Segundo a Copel, como a chuva do sábado não veio acompanhada de ventos, não houve estragos significativos na rede elétrica da região.

Famílias precisam deixar residênciasAs regionais da Fazendinha e as cercanias do Barigui também receberam atenção da Defesa Civil na manhã do sábado, que trabalhava com apoio da Guarda Municipal. Um bairro muito atingido pela chuva era o Boqueirão. A Rua Desembargador Antonio de Paula estava bastante alagada, segundo o morador Elias Saade Filho. Ele relata que, por falta de uma tampa na comporta, o Rio Belém transbordou e já atingiu a totalidade da via. "Dali para baixo não tem como andar. O rio está transbordando por baixo. Teve casas atingidas, gente que perdeu tudo."

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Na Rua Salomão Elias Feder, no Uberaba, o zelador Valmir Alders, 44 anos, viu a água começar a subir dentro da casa onde mora com a mulher e quatro filhos – o mais novo, de quatro meses –, por volta das 8 da manhã. "Às 8h30, estava tudo alagado. A água chegou a dois metros de altura. Perdi tudo." Segundo ele, até a hora do almoço, nenhuma equipe da prefeitura ou Defesa Civil tinham ido ao local, dar apoio à população. "Não sei para onde ir, agora é correr atrás de algum lugar."

Morador do Uberaba há seis anos, o servidor público José Lair, 64 anos, conta que se preveniu dos frequentes alagamentos com dispositivos e um portão especial. Pouco atingido pelos estragos, ele dava apoio aos vizinhos afetados. "Estou fazendo um almoço aqui para ajudar o pessoal. Está todo mundo sem água, sem alimentos. Tive um desespero de choro de ver as pessoas perdendo tudo. Não apareceu ninguém para ajudar, a Defesa Civil disse que estava atendendo outras situações."

Mais chuvaUm boletim do Simepar, enviado à Defesa Civil, apontou que, da meia noite até as 10h30 do sábado, foram registrados 93 milímetros de chuva. Segundo a previsão, a chuva continua ao longo do dia, podendo chegar a um volume próximo de 150 milímetros. A Defesa Civil, que já havia emitido um alerta na quinta-feira, avalia que a situação continua crítica. Equipes da prefeitura e das administrações regionais foram acionadas para dar apoio no atendimento à população.

Mais informações em breve.

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Veja fotos dos estragos da chuva em Curitiba