Seis tripulantes de um barco foram vítimas das chuvas fortes que desde sábado caem sobre o litoral paranaense. As chuvas influenciaram a maré e as ondas violentas acabaram causando o naufrágio da embarcação de madeira em Paranaguá. Um dos tripulantes está desaparecido. O dia também foi de trabalho e de contabilizar as perdas para as famílias atingidas pela enchente de anteontem nos municípios de Matinhos e Guaratuba (leia mais abaixo).
A mudança repentina da maré surpreendeu o grupo de seis amigos que retornavam pela manhã de uma pescaria iniciada na quinta-feira, na Ilha do Sigüi, em Paranaguá. Por volta das 11 horas, as ondas atingiriram a embarcação de madeira, que bateu numa pedra e em menos de um minuto afundou, próximo à Ilha da Banana. Cinco tripulantes conseguiram nadar até a costa da ilha, mas o contador Elier Martins, 53 anos, ficou à deriva agarrado a uma caixa de isopor e ainda está desaparecido.
Um dos amigos de Elier, o mecânico Edinaldo Marcolino Silva, 43 anos, conseguiu pedir ajuda aos bombeiros pelo telefone celular, que estava protegido numa caixa térmica plástica. Para o sargento Dirceu Calado, do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, a primeira preocupação foi tentar resgatar o homem que estava desaparecido. "Quando encontrei a caixa de isopor a cerca de 3 quilômetros do local do naufrágio, decidi voltar, pois um dos tripulantes estava sangrando", disse.
À tarde, após resgatar os tripulantes, os bombeiros retomaram as buscas com três embarcações, com o apoio da Capitania dos Portos e do Iate Clube de Paranaguá. Às 16h30 os trabalhos foram encerrados. "As condições climáticas e do mar estavam muito ruins. Mal conseguíamos enxergar alguma coisa", explica o comandante do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, tenente Romero Nunes da Silva. As buscas se reiniciam na manhã de hoje.
Um dos seis irmãos do contador desaparecido, Elier, também à bordo do barco que naufragou, lamenta o episódio. "Não deu tempo para pegarmos os coletes. Mas ele sabia nadar. Espero que tenha conseguido chegar em terra", diz. Eliner é casado com Solange, 53 anos, e tem duas filhas, Elisângela, 23 anos, e Elizandra, 18 anos.
No município de Matinhos, a fúria do mar também surpreendeu. Um barco inflável ficou à deriva na Praia Mansa, em Caiobá, mas não deixou vítimas. Um homem de Curitiba, não identificado pelo Corpo de Bombeiros de Matinhos, havia saído para pescar e foi levado até a areia com a ajuda de duas motos aquáticas. "Ele conseguiu nos chamar pelo celular e passava bem. Fazia tempo que não via as condições da maré ruins assim", afirma o comandante do Corpo de Bombeiros de Matinhos, tenente Rafael Lorenzetto.
Já em Guaratuba, os pescadores da praia de Caieiras decidiram não pescar, assustados com a alta da maré. Um guincho, que seria utilizado pela Defesa Civil do município para retirar os barcos do local chegou a tombar. Passado o susto, no fim da tarde as condições do mar voltaram ao normal. "Ficou um estrago grande. A prefeitura vai ter de utilizar máquinas para acertar a areia e o acesso à praia", afirma o diretor de operações da Defesa Civil de Guaratuba, Nivaldo Godoy Guerin.
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