A chuva no fim da tarde de ontem e a conseqüente falta de luz em 13 bairros de Curitiba atrapalharam os planos da prefeitura de Curitiba na cerimônia de entrega das obras de revitalização do Jardim Botânico, principal ponto turístico da cidade.

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A solenidade, limitada a 500 convidados, seria ao ar livre, ao lado da estufa do parque. Com a impossibilidade da Orquestra Sinfônica do Paraná de se apresentar, a entrega das obras foi modesta.Com energia elétrica de um gerador, o prefeito Beto Richa e o presidente da Natura (empresa que financiou a obra), Alessandro Carlucci, cumpriram as formalidades no espaço cultural Franz Krajcberg, atrás do palácio de cristal, totalmente às escuras naquele momento. Apenas no fim da cerimônia foi possível acender as luzes da estufa. "O principal é a entrega à comunidade dessa importante obra", declarava o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto.

Viabilizada por meio de uma parceria público-privada, a primeira revitalização do Jardim Botânico desde a sua inauguração em 1991 custou R$ 970 mil. A principal obra foi a reforma da estufa – remoção de pontos de corrosão da estrutura, troca de vidros e pintura nova.

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Além dos reparos na estufa, foram revisados o sistema elétrico, hidraúlico e de exaustão, incluindo o equipamento de climatização, que voltou a funcionar permitindo a recriação do ambiente climático da Floresta Atlântica no interior da estufa.

Do lado externo, foram implantados um novo sistema de irrigação do jardim francês, cercas ao redor do bosque e placas de sinalização. "O importante que a partir de agora o Jardim Botânico está liberado para a população totalmente reformado", diz Andreguetto. O parque recebe aproximadamente 450 mil visitantes por ano.

CPO/MOP

As obras de revitalização do Jardim Botânico são apenas a ponta em relação ao pacote de melhorias que está sendo feito na cidade para as conferências sobre biodiversidade e biossegurança (Cop/Mop) das Organizações das Nações Unidas (ONU), que começam segunda-feira em Curitiba. "As obras já estavam previstas para este ano, mas adiantamos por conta dos eventos da ONU", diz o superintendente da Secretaria Municipal de Obras, Fernão Accioly. Ao todo, foram gastos R$ 7,261 milhões, sendo que R$ 2,422 mil foram financiados pela Caixa Econômica Federal e pela iniciativa privada.

Além do Jardim Botânico, estão sendo entregues a primeira parte das obras da Ópera de Arame, o anexo do salão de artes do Parque Barigüi reformado, a Avenida Victor Ferreira do Amaral, Teatro Paiol e o marco zero da cidade revitalizados. Na Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), um novo canteiro central foi implantado.

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A sinalização turística da cidade também foi trocada. Seguindo padrões internacionais, as novas placas são bilíngües (português/inglês). Depois das conferências, será entregue ainda o zoológico municipal reformado.