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Em Angra dos Reis, no litoral do Rio, a chuva deixou 53 mortos na virada do ano. Um total de 91 pessoas morreu no estado | Andre Mello/Agência O Dia
Em Angra dos Reis, no litoral do Rio, a chuva deixou 53 mortos na virada do ano. Um total de 91 pessoas morreu no estado| Foto: Andre Mello/Agência O Dia

Ao menos 214 pessoas já morreram por causa dos temporais que atingiram os sete estados das regiões Sul e Sudeste do país desde novembro do ano passado. O número abrange mortes ocorridas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Só no Rio de Janeiro, 91 mortes foram registradas. A maior tragédia foi no fim do ano, em Angra dos Reis, no litoral do estado, quando 53 pessoas morreram. Até ontem, São Paulo registrava 78 óbitos e o Rio Grande do Sul, 18. No Paraná, pelo menos oito pessoas morreram desde novembro.

Ao todo, desde o início do período chuvoso, mais de 102 mil moradores de 925 municípios das regiões Sul e Sudeste foram afetados de alguma forma pelas chuvas, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Desses, 24.816 ficaram desabrigados (pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos) e outros 77.403 ficaram desalojados – as que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares.

Ainda segundo a secretaria, apesar de não confirmarem nenhuma morte, três estados da região Centro-Oeste do país também registraram prejuízos causados pelas chuvas: Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Na noite de segunda-feira, um temporal atingiu Belo Horizonte, em Minas Gerais. A chuva forte durou menos de uma hora, mas a água chegou a cobrir várias ruas e avenidas na cidade. Carros ficaram praticamente submersos e a enxurrada trouxe muito lixo. A região de Venda Nova foi a mais prejudicada. A correnteza arrastou o que estava pela frente e a água invadiu o comércio. O dono de uma oficina mecânica, Frederico Ribeiro, teve um prejuízo de mais de R$ 100 mil. "A gente chegou a tirar alguns carros às pressas para fora, mas a água veio muito rápido e invadiu tudo. Perdemos muitos equipamentos de maquinário e carros de clientes", lamentou Ribeiro.

No Paraná, desde novembro os maiores estragos causados pela chuva foram registrados em Sengés, nos dias 30 e 31 de janeiro. Cinco pessoas morreram e a cidade ficou isolada depois de quedas de pontes na região. No município vizinho de São José da Boa Vista, cerca de 3 mil pessoas ficaram isoladas. Em Jaguariaíva foram registrados deslizamentos e quedas de barreiras nas rodovias. Pelo menos 50 pontes foram destruídas na região. No mesmo fim de semana foram registrados alagamentos e interdições de estradas em Al­­mi­­rante Ta­­mandaré, Co­­lombo, Pinhais, Piraquara e Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba.

Na capital, um casal de noivos morreu durante o forte temporal na madrugada do dia 20 de no­­vembro. A ponte na Rua Eduardo Sprada, quase esquina com a Rua Luiz Tramontin, ruiu e uma grande erosão se abriu. Três carros caíram dentro do Rio Mos­sunguê. O casal estava em um dos veículos. No dia 21 de janeiro, um homem caiu em uma ga­­leria pluvial na Rua Fernando Moreira, no centro de Curitiba, e foi levado pela correnteza.

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