A chuva que atingiu todo o estado na noite de domingo e na madrugada de ontem não foi suficiente para mudar o quadro de estiagem no Paraná e excluir a possibilidade de problemas de abastecimento de água e racionamento, de acordo com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Embora tenha chovido bastante (em comparação com a média histórica do mês de junho), seriam necessários 30 dias de chuvas assim, devido ao prolongado e acentuado quadro de seca que castiga todo o estado o pior dos últimos 76 anos, de acordo com a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa).
As chuvas do fim de semana em Curitiba e região metropolitana (RMC), por exemplo, atingiram principalmente regiões posteriores às barragens dos reservatórios de água que abastecem a capital e região. O ideal seria ter chovido nos próprios reservatórios ou nas cabeceiras dos rios, localizadas em sua maioria na Serra do Mar.
"A chuva do fim de semana só serve para que poupemos, por um ou dois dias, as águas dos reservatórios, mas isso não muda o quadro de crise", afirma o gerente da Sanepar para Curitiba e região metropolitana, Antônio Carlos Gerardi. Segundo a Sanepar, para piorar a situação, a população não está respondendo ao apelo da companhia de redução no consumo de água em 20%. Na última semana, o consumo teria diminuído apenas 2,73%.
Por enquanto, em Curitiba e RMC, os reservatórios que atendem a região continuam trabalhando com apenas 60% da capacidade. Das 623 localidades atendidas pela Sanepar no estado, dez ainda têm mananciais em situação crítica: Rio do Salto (distrito de Cascavel), Bairro dos Franças (distrito de Ortigueira), Boa Esperança do Iguaçu, Pranchita, Saudades do Iguaçu, Cantagalo, Catuponga, Poema, Almirante Tamandaré e Campo Largo. Outros 31 municípios ainda estão em alerta.
Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, em Curitiba, choveu 23 milímetros de domingo para segunda-feira. A média histórica para o mês de junho inteiro é 80 mm. "A chuva é significativa em relação ao tanto que chove normalmente no mês de junho, o que ameniza temporariamente a situação, mas não provoca grandes mudanças, devido ao adiantado quadro de estiagem", afirma o meteorologista Samuel Braun. Ainda, segundo o Simepar, a Região Central do estado foi onde mais choveu: em média, 30 mm. O pico foi registrado em Cândido de Abreu: 37 mm.
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