No Paraná
Temporal faz estragos em três municípios
A frente fria que deixou o tempo instável no sul do país ontem também causou estragos no Paraná. Três cidades enfrentaram problemas por causa das fortes chuvas, de acordo com o relatório da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. General Carneiro e Palmas, no Sul do estado, foram atingidas por alagamentos e granizos, respectivamente. Em Foz do Iguaçu, no Oeste, o problema foi o granizo. No total, 180 pessoas foram afetadas pelos prejuizos das chuvas nos três municípios. O número de pessoas desalojadas (vivendo em casas de familiares e parentes) chega a 70, segundo a Defesa Civil. O município mais afetado até a tarde de ontem era General Carneiro: 40 casas danificadas e 50 desalojados temporariamente.
Para os próximos dias a tendência é que a frente fria se afaste para o mar, de acordo com o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar. As chuvas mais fortes devem se concentrar entre o Sul e Sudoeste do estado hoje.
Fernanda Leitóles e Rodrigo Batista
As chuvas que atingem Santa Catarina desde ontem reacenderam o medo de uma nova tragédia como a de 2008, quando 126 pessoas morreram. Segundo a Secretaria de Defesa Civil, cerca de 490 mil pessoas foram afetadas por enchentes, deslizamentos e quedas de barreira em 59 municípios do estado. Pelo menos 14 cidades decretaram situação de emergência e uma Rio do Sul entrou em estado de calamidade pública. Dezoito mil pessoas estão desalojadas (em casa de amigos ou parentes) e 1.314 desabrigadas (em abrigos públicos), segundo o último boletim divulgado às 22 horas de ontem. Por enquanto, não há registro de vítimas. A previsão do Epagri/Ciram (órgão de monitoramento climático de Santa Catarina) era de que a chuva continuasse no estado até a manhã de hoje. A situação é mais complicada na região do Vale do Itajaí, onde fica Rio do Sul. O rio que corta o município ficou acima de 12 metros ontem e transbordou, inundando as ruas do centro e da maioria dos bairros. Perto dali, em Blumenau, o nível da água do Rio Itajaí-Açu chegou a 10,84 metros por volta das 19 horas, afetando a rotina de 280 mil pessoas. Meia hora antes, a água alagou a Avenida Beira-Rio. O Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (Ceops) previu ontem que esta pode ser a pior enchente na cidade desde 1984, quando o nível do rio atingiu 15,46 metros.
Pelo menos 122 ruas em 16 bairros da cidade tiveram ocorrências de alagamentos e deslizamentos de terra. Três dos cinco terminais de ônibus foram fechados por causa das enchentes. As autoridades blumenauenses alertaram a população para que abandonassem urgentemente as residências situadas em áreas de risco, estocassem alimentos e água e procurassem abrigos oferecidos pela prefeitura. A cidade registrou o maior acúmulo de chuva: 187 milímetros (mm) em um período de 72 horas, quando o normal para um mês vai até 160 mm.
De helicóptero, o governador Raimundo Colombo sobrevoou Blumenau para verificar a situação das pessoas. "Viemos levantar as informações e ver como está a cidade. A situação realmente é negativa e o Estado vai dispor toda a sua estrutura para ajudar tanto Blumenau como as outras cidades." A presidente Dilma Rousseff ligou para Colombo ontem à noite para oferecer ajuda no atendimento aos atingidos pelas enchentes.
Transtornos
Em todo o estado, a Defesa Civil contabilizou ao menos 44 deslizamentos de terra e quedas de barreira. Os municípios de Laurentino e Rio do Oeste estão totalmente sem energia por causa da queda de uma barreira. A chuva causou prejuízos também no Vale do Itapocu. A cidade mais atingida foi Jaraguá do Sul, onde 49 casas ficaram danificadas por causa de alagamentos e deslizamentos.
A maior preocupação das autoridades é quanto a possibilidade de transbordo e risco de danos nas barragens instaladas, principalmente na região do Vale do Itajaí. Algumas tiveram suas comportas abertas, feito que aumenta significativamente o volume de água nos rios que cortam várias cidades, entre elas Blumenau.
Deslizamentos de terra afetaram também o tráfego em diversas rodovias que cortam Santa Catarina, como a BR-282, nos municípios de Gaspar e Apiúna. Em Gaspar, a BR-470 estava bloqueada até a noite de ontem.
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