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Militares ajudam a transportar crianças que tiveram as casas alagadas no Espírito Santo: estado enfrenta a pior temporada de chuvas desde 1979 | Vitor Jubini /Gazeta de  Vitória
Militares ajudam a transportar crianças que tiveram as casas alagadas no Espírito Santo: estado enfrenta a pior temporada de chuvas desde 1979| Foto: Vitor Jubini /Gazeta de Vitória

Mais da metade dos municípios do Espírito Santo se encontra em estado de emergência, por causa do mau tempo que atinge o estado há sete dias. É a pior temporada de chuvas desde 1979. A média histórica para dezembro não chegava aos 300 milímetros e neste mês deve ultrapassar os 700, segundo o Instituto Meteorológico Incaper. O número de mortos subiu ontem para seis e o total de pessoas que tiveram de abandonar as casas chegou a 46.189. A presidente Dilma Rousseff vai sobrevoar hoje as regiões mais atingidas.

Em Minas Gerais, várias cidades também vivem situação de calamidade por causa de temporais. Segundo o último boletim da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã de ontem, desde o começo do mês 12 pessoas morreram em decorrência da chuva – quatro delas no último domingo. No total, 23 municípios mineiros decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública. O boletim ainda informa que há 563 desalojados, 139 desabrigados e uma criança está desaparecida.

No Espírito Santo, 4.669 desabrigados foram levados para escolas e abrigos municipais, enquanto outros 41.520 desalojados estão em casas de parentes ou amigos. Soldados do Exército e da Força Nacional reforçam os trabalhos de resgate, principalmente no interior, onde vários rios transbordaram.

Dos 78 municípios capixabas, 45 estão em estado de emergência, tanto no interior quanto na região metropolitana de Vitória. Destes, 22 já elaboraram o decreto municipal que relata uma situação de anormalidade (emergência ou estado de calamidade pública).

A última vítima foi uma mulher de 50 anos, que morreu soterrada na localidade de Laranjal, no município de Itaguaçu, bastante atingido pela enxurrada e por deslizamentos de terra. Foi a segunda morte na cidade e a sexta no estado. As outras mortes ocorreram em Colatina, Nova Venécia, Baixo Guandu e Paraju. Em todo o estado, pelo menos 45 pessoas ficaram feridas. O governo do estado decretou situação de emergência. "Temos várias pessoas ilhadas e municípios que foram destruídos", disse o coronel Edimilton Ribeiro, comandante dos Bombeiros.

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