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Chuvas

Chuvas afetam 50 mil no PR; Pitanga decreta estado de calamidade pública

O município de Pitanga, no Centro-Sul do Paraná, decretou estado de calamidade pública no fim da tarde de quarta-feira (23) por conta das fortes chuvas que provocaram cheias nos rios e enchentes em vários pontos da cidade a partir da noite de terça-feira (22). A medida visa garantir o recebimento de recursos dos governos estadual e federal para a recuperação dos estragos na cidade, mas ainda depende de reconhecimento por parte das coordenadorias estadual e nacional de Defesa Civil.

De acordo com balanço final da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, um total de 53.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas que caíram entre a noite de terça e a manhã de quarta-feira em todo o Paraná. Ao todo, 429 residências tiveram algum tipo de dano, fazendo com que 135 pessoas tivessem de ir para casas de familiares, e 114 para abrigos públicos. Em Pitanga, apesar de não haver registro de desabrigados ou desalojados, 50 casas foram danificadas, afetando cerca de 200 pessoas, segundo a Defesa Civil.

"Da última vez que tivemos problemas, infelizmente não contamos com a ajuda de ninguém. Mas agora realmente precisamos", disse o prefeito de Pitanga, Altair Zampier, ao telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, a avaliação da situação da cidade por parte do órgão deve ser concluída em até quatro dias. "A ocorrência de desastre foi reconhecida. Agora é necessário avaliar a intensidade", explica.

Conforme mostrou reportagem do Bom Dia Paraná, as chuvas fizeram com que o rio que corta a cidade subisse quase dois metros, alagando parte do centro. Em uma loja de materiais de construção, os produtos ficaram boiando em meio à enchente. "O prejuízo é estimado em torno de R$ 30 a 40 mil", disse o proprietário, Sebastião de Oliveira. "Quando percebemos a enchente eram 4 horas da manhã. Só deu tempo de desligar as tomadas, porque já estava tudo inundado", relatou.

Em um supermercado localizado na mesma rua, sobrou apenas o que estava nas prateleiras mais altas. "Do estoque não conseguimos salvar praticamente nada", disse o comerciante Diego Fiore. Segundo o telejornal, 18 pontes que dão acesso à cidade ficaram submersas, deixando ilhada a população da periferia.

Situação de emergência

Na semana passada, sete cidades decretaram situação de emergência também em razão de danos provocados pelo mau tempo – Mameleiro, Santo Antônio do Sudoeste, Pinhal de São Bento, Renascença, Pranchita (Sudoeste), Prudentópolis (Centro-Sul) e General Carneiro (Sul). Todos esses municípios sofreram estragos durante os temporais que atingiram o Paraná entre os dias 7 e 9.

De acordo com o soldado Silvio Rodrigo Corrêa, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, até esta quinta-feira (24), entretanto, os processos para o reconhecimento da situação de emergência ainda estavam em tramitação. "Estamos esperando receber os laudos com o tamanho dos prejuízos para poder levar à homologação do governador", explica Corrêa. "Só depois de reconhecido pela Defesa Civil Estadual é que o processo vai para a esfera federal".

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