Temporal
Desabamento mata idosa em São Paulo
Folhapress
São Paulo - A chuva que atingiu a capital paulista no sábado à tarde voltou a deixar vítimas. Beatriz Dias da Silva, 68 anos, morreu depois do desabamento de uma casa e do transbordamento de um córrego no Jardim Celeste, distrito da Vila Sônia (zona oeste).
A filha dela, Maria Cristina da Silva Costa, 46 anos, foi resgatada com ferimentos leves. Segundo a prefeitura, a área não era considerada de risco. Onze imóveis afetados foram interditados. O total de mortos em razão de chuvas no estado de São Paulo desde 1º de dezembro chega a 60 (9 só na última quinta-feira).
Ontem, a chuva diminuiu e o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo suspendeu, às 17h20, o estado de atenção que tinha sido anunciado durante a tarde para todas as regiões da cidade.
Matinhos e Curitiba - As fortes chuvas que ocorreram no litoral norte de Santa Catarina durante o fim de semana deixaram quase 400 pessoas desalojadas (que vão para casas de parentes e amigos) e 31 desabrigados (que precisam de abrigos) entre sábado e domingo. A maior parte das ocorrências foi registrada em Joinville a 180 km de Florianópolis no sábado, quando 318 pessoas tiveram de deixar suas casas devido a pontos de alagamento ou risco de deslizamentos. As famílias já voltaram às residências.
No domingo à noite, 80 pessoas estavam desalojadas e 23 estavam desabrigadas devido a alagamentos em Itapoá, balneário no extremo norte do estado. O município tinha cerca de dez bairros com pontos de alagamento provocados pela cheia do Rio Saí-Mirim, que desemboca na cidade. Não havia risco de deslizamentos, segundo a Defesa Civil.
De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas de Santa Catarina (Ciram), o índice de chuva foi de 241 mm em Itapoá entre sábado e domingo o equivalente à média histórica para todo o mês de janeiro na região. A previsão é de que a chuva continue até terça-feira.
Interdição
A cheia do Rio Saí-Mirim provocou também a interdição do acesso a Itapoá que começa na PR-412. O prefeito do município catarinense, Ervino Sperândio, visitou o local no fim da tarde de ontem, quando a fila de carros que deixavam a cidade chegava a quatro quilômetros no trânsito em meia pista.
Até o fechamento desta edição não havia previsão de liberação da entrada de veranistas na cidade de Itapoá (SC) por essa via. "Com as fortes chuvas dos últimos dias na Serra do Saí, as águas estão descendo as encostas, e o Rio Saí-Mirim (que atravessa a via no quilômetro 9) estava subindo 8 cm por hora", conta Sperândio. No início da noite de ontem, o ritmo de subida das águas no rio caiu para 4,5 cm/hora.
A prioridade de tráfego no local é permitir que os veranistas deixem a cidade, que contabilizava 23 desabrigados por causa das fortes chuvas. "O nível do Rio Saí-Mirim continua a subir, mas não é o principal problema na via de acesso. Logo depois há um espelho dágua que torna o trânsito perigoso e, como as chuvas continuam na cidade, não temos previsão de que a água no local recue e possamos liberar o trânsito", explica o coordenador da Defesa Civil de Itapoá, Antônio Edival Pereira. O alagamento na pista chegou a 35 cm de profundidade.
O prefeito informou que, enquanto a chuva na região da Serra do Saí não parar e o rio continuar subindo, a entrada de automóveis na via de acesso pela PR-412 permanecerá interrompida. "Amanhã (hoje) faremos nova análise para verificar se é possível a liberação da estrada", afirmou.
Outras vias de acesso à cidade, como a estrada para Garuva, também estão comprometidas pelos alagamentos, e a orientação é de que o veranista adie temporariamente a ida à cidade. A interrupção do fluxo de carros que saem da PR-412 foi feita ao meio-dia de ontem.
Somente caminhões de transporte de alimentos, gás, serviços de saúde e suprimentos de primeira necessidade estão liberados para entrar na cidade. Os moradores que estiverem retornando à cidade também serão autorizados a entrar na via de acesso. A dona de casa Graziela de Morais, que havia deixado a cidade no domingo pela manhã com o filho Luiz Gustavo, de um ano e meio, esperou por uma hora e 40 minutos para poder atravessar a ponte e voltar para Itapoá.
A solução para impedir novos alagamentos na pista, destacou Sperândio, é a finalização de uma galeria para que o excesso de chuva escoe. "Falta concluir duas cabeceiras dessa galeria, o que só poderá ser feito quando a chuva der trégua. Precisamos de 12 a 15 dias secos para concluir o trabalho."
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