De acordo com a previsão do tempo, o Rio Grande do Sul deve ter novas precipitações a partir desta quarta-feira (14). Nesta terça-feira (13), a chuva deu uma trégua, mas o número de pessoas afetadas segue aumentando devido as consequências das cheias dos principais rios do estado. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil no fim desta manhã, o RS tem 49.228 pessoas atingidas pelos temporais. As chuvas também danificaram estradas em diversos pontos e deixaram moradores sem luz em algumas regiões. Em nota publicada hoje, o Ministério da Integração Nacional informou que o responsável pela pasta, Gilberto Occhi, disponibilizou ao governador José Ivo Sartori a assistência da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), que enviou técnicos ao RS para acompanhar a Defesa Civil estadual no levantamento das demandas municipais.
A nota também afirma que a Sedec já pediu o apoio do Exército Brasileiro no auxílio às populações atingidas. O Rio Grande do Sul deve enviar ainda hoje o pedido para que o governo federal reconheça da situação de emergência das cidades atingidas, o que permitirá a liberação de verbas e o envio de material de ajuda humanitária. Conforme a assessoria de imprensa do Palácio Piratini, existe a possibilidade de que seja feito um decreto coletivo de emergência.
Das 49.228 pessoas atingidas pelos temporais, quase 10 mil tiveram que deixar suas casas - 4.164 estão em abrigos e outras 5.775 estão desalojadas, recorrendo à ajuda de parentes e amigos. Para se ter uma ideia, o número de pessoas prejudicadas praticamente dobrou em um dia - na manhã da segunda-feira (11), a Defesa Civil contabilizava 24.443 cidadãos afetados.
Nas últimas 24 horas, Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, foi acrescentado à lista de municípios atingidos. Agora, são 47 as cidades castigadas pelas chuvas e pela queda de granizo desde a ultima quarta-feira (7). O volume de água dos rios e lagos continua sendo motivo de apreensão para as autoridades gaúchas.
Na segunda-feira, o Guaíba - que banha Porto Alegre e alguns municípios próximos - passou dos 2,83 metros, nível registrado na enchente de 1967. Com isso, chegou à maior marca desde 1941, quando o Guaíba bateu 4,76 metros e inundou parte do centro histórico da capital gaúcha. Como medida de segurança, na segunda a prefeitura fechou as 14 comportas do sistema de proteção de cheias do Cais Mauá.
Nesta terça, o nível do Guaíba iniciou uma nova curva de baixa, mas a situação está sendo monitorada com atenção. A Defesa Civil informou que, dos sete principais rios e lagos do Estado, cinco estão com água acima do nível de alerta. Um dos rios com nível superior à normalidade é o Jacuí, principal afluente do Guaíba.