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As chuvas já afastaram 28.873 pessoas de suas casas no Maranhão - entre desabrigados (pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos) e desalojados (os que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares). Conforme balanço divulgado hoje pela Defesa Civil, chega a 82.053 o total de pessoas afetadas por alagamentos ou deslizamentos em 27 cidades, das quais 18 já decretaram situação de emergência. Além disso, a Defesa Civil também já confirmou a morte de três pessoas (duas em São Luís e outra em Monção). Uma quarta pessoa, do município de Codó, está desaparecida.

De acordo com o superintendente técnico da Defesa Civil Estadual sargento Benedito Monteiro Leite, a intensificação das chuvas nos últimos dias agravou ainda mais a assistência às vítimas. Além disso, também preocupa a elevação em "progressão geométrica" do número de desabrigados e desalojados nos últimos dias. Em menos de 24 horas, houve aumento de 4 mil desabrigados em todo o Maranhão e de 26 mil no volume de pessoas atingidas. "Se continuar chovendo, será complicado atender a todas as vítimas", admitiu.

O município com o maior número de desabrigados e desalojados é Bacabal, distante 278 quilômetros da capital. Somente em Bacabal 6.690 pessoas tiveram que sair de suas casas. As chuvas também provocaram um grande estrago nas estradas federais e estaduais. Três rodovias federais (BR-222/ BR-226 e BR-316) e quatro estaduais já foram interditadas. Apenas uma estrada federal teve seu tráfego de veículos restabelecido - a BR-226.

Diante do grande número de vítimas, o Exército já enviou 75 toneladas de alimentos para as cidades atingidas. Hoje, um avião C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarcou a São Luis com a primeira remessa de mais 115 toneladas de alimentos também para serem enviados para as cidades atingidas.

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