Um ciclista perdeu um braço após ser atropelado por um carro na Avenida Paulista, no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo, por volta das 6 horas deste domingo (10). Ele foi levado pelos bombeiros para o Hospital das Clínicas, onde está internado.

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Segundo os bombeiros, o braço da vítima foi amputado durante a colisão. O motorista do carro que atingiu o ciclista não prestou socorro e deixou o local da batida. Porém, ele se apresentou a uma base do 3º Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Cursino, a cerca de 11 km do local do atropelamento. Os PMs encaminharam o acusado para prestar depoimento na 78º Delegacia de Polícia, no bairro dos Jardins.

Conforme o investigador Eduardo Belmiro, o condutor confessou que jogou o braço da vítima em um rio na rua Ricardo Jafet após a polícia ter refeito todo o trajeto do motorista para encontrar o membro do ciclista. De acordo com Belmiro, os médicos disseram que poderiam ter tentado reimplantar o braço do homem em uma cirurgia.

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De acordo com o Hospital das Clínicas, o ciclista não corre o risco de morrer em decorrência do acidente. O estado dele é estável. Segundo o hospital, a vítima está internada num leito e está consciente.

Um trecho da Avenida Paulista, nas proximidades do metrô Brigadeiro, foi interditado ao trânsito devido ao acidente.

Outros casos

Há um ano, a morte de uma ciclista atropelado na Paulista gerou uma série de protestos de cicloativistas. A bióloga Juliana Ingrid Dias, de 33 anos, foi atingida por um ônibus na manhã do dia 2 de março de 2012.Segundo testemunhas, ela estaria discutindo com um outro motorista de ônibus, gesticulando bastante, quando se desequilibrou e caiu embaixo da roda traseira de um segundo ônibus que vinha atrás, que fazia a linha Sacomã-Pompeia. Ela chegou a ser arrastada por cerca de quatro metros.

Em 2009, outro atropelamento envolvendo ônibus e ciclista na Paulista gerou repercussão e protestos por mais segurança no trânsito. Na ocasião, Márcia Regina de Andrade Prado, de 40 anos, morreu após ser atingida na pista sentido Consolação, perto da alameda Campinas. A vítima era ativista no uso de bicicletas como forma de melhorar o trânsito e a qualidade do ar da cidade.

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Para marcar o acidente, foi instalada uma "ghost bike" (uma bicicleta branca) no mesmo local em que ela morreu.