Os amantes do ciclismo com certeza planejam periodicamente pedaladas em fins de semana de lazer. Mas dois amigos de Curitiba pretendem percorrer de bicicleta milhares de quilômetros, do Sul ao Norte da América, em um plano de viagem que inclui um projeto educacional. Os engenheiros agrônomos José Guilherme Veiga, 30 anos, e Daniel Canal, 26, querem viajar durante dois anos pelo continente e visitar escolas para conscientizar os estudantes sobre a preservação do solo.
Confira imagens dos dois aventureiros.
Roteiro
Veiga e Canal vão passar pelos seguintes países: Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, ElSalvador, Belize, Nicaragua, Honduras, México, Estados Unidos e Canadá, retornando aos EUA, no Alasca. De lá, partem de avião de volta para o Brasil, em 2017.
A intenção é percorrer colégios de 18 países com o projeto Expedição Solo na Escola – a viagem está prevista para começar no dia 20 de setembro. Veiga e Canal são ex-alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A ideia do projeto surgiu em 2013, quando eles realizaram uma viagem de bicicleta para o Chile. Veio então a ideia era fazer um roteiro ainda maior e expandir o que eles já haviam vivenciado em um programa da UFPR que trabalha com educação ambiental para o solo. Seguindo o modelo do programa da universidade, eles decidiram ajudar a conscientizar estudantes do continente sobre o tema, levando aos alunos oficinas de experimento de uso consciente da terra.
Serão dois anos fora de casa. A viagem e o projeto de conscientização vão começar por Curitiba. De bicicleta, eles seguem para o Uruguai e depois o destino é a Argentina. “Vamos de avião de Buenos Aires até Ushuaia, na Argentina. E depois percorrer o continente de bicicleta até Prudhoe Bay, no Alasca (EUA)”, conta Veiga.
De concreto, os ciclistas têm apenas o roteiro, as malas e a intenção de chegar aos colégios, mas ainda não sabem quais escolas vão visitar. “É difícil estabelecer um número de escolas e estudantes durante uma viagem de bicicleta. Vamos ter que fazer uma abordagem repentina, apresentando nosso projeto.”
Arrecadação
Uma viagem de dois anos por 32 mil quilômetros não teria como ser de graça. Para bancar a aventura, a dupla de ciclistas busca colaboradores. Para isso, eles criaram um pedido no site www.vakinha.com.br no qual qualquer pessoa pode doar valores a partir de R$ 10. Até o dia 7 de agosto, os engenheiros agrônomos haviam chegado ao valor de R$ 5 mil. Eles pretendem arrecadar pelo menos R$ 33 mil.
Para ajudar
Os ciclistas mantêm no Facebook a página Expedição Solo na Escola em que fazem uma contagem regressiva e pedem ajuda para arrecadar fundos para a viagem. Neste link , os interessados podem doar para os aventureiros. No Youtube, também há um canal para acessar vídeos dos ciclistas.
“O legal é que poderemos continuar arrecadando durante a viagem. Nós esperamos que as pessoas vejam nosso trabalho e continuem ajudando”, diz Daniel Canal. A viagem não terá volta para o Brasil durante os dois anos do projeto. Por isso, segundo o engenheiro agrônomo, a intenção é ter o mínimo de gastos possível. Cada um levará uma barraca e contará ainda com a ajuda de ciclistas dos países pelos quais vão passar com hospedagens gratuitas. “Calculamos que vamos dormir em barracas em 80% do tempo, mas poderemos nos hospedar, eventualmente, na casa de amigos”, completa.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora