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Ciclistas mapeiam os 15 cruzamentos mais perigosos

Carros parados sobre a faixa colocam em risco a segurança de pedestres e ciclistas | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Carros parados sobre a faixa colocam em risco a segurança de pedestres e ciclistas (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

Todos os dias, o artista plástico Juan Parada usa a bicicleta para se locomover de sua casa, no bairro Cristo Rei, ao ateliê em que trabalha, no São Lourenço. Sabe de cor os meandros de cada cruzamento da ciclovia que corta a região central de Curitiba. Apesar disso, a experiência e a cautela não foram capazes de evitar que ele fosse vítima do trânsito. Dois meses atrás, o ciclista foi atropelado por um carro no cruzamento de uma ciclovia, na Rua Barão de Antonina com a Heitor S. de França, no Centro Cívico.

"A jovem [que dirigia o carro] estava olhando para o outro lado e não me viu. Rolei por cima do capô [do carro] e acabei não me machucando", relata. "Os motoristas ignoram por completo a ciclofaixa e a faixa de pedestres", reclama.

O ponto onde Parada foi atropelado é um dos 15 cruzamentos mais perigosos da região central de Curitiba, de acordo com um mapeamento feito pela Associação de Ciclistas do Auto Iguaçu (CicloIguaçu) e por leitores do blog Ir e Vir de Bike, da Gazeta do Povo. Na maioria dos casos, os problemas apontados poderiam ser solucionados com pequenas intervenções.

"O problema decorre do eco de uma prática urbanística que, nas últimas décadas, só priorizou o automóvel. O carro é o senhor de tudo, enquanto os ciclistas ficaram vulneráveis", disse o coordenador-geral da CicloIguaçu, Goura Nataraj.

Dos locais mencionados pe­los cicloativistas, 14 encon­tram-se ao longo do trecho da ciclovia que corta as áreas centrais. Quatro deles foram classificados como mais crí­ticos: o Círculo Militar, dois cru­zamentos da Rua Heitor S. de França, e a esquina da Con­selheiro Laurindo com a Silva Jardim. Nesses pontos, ou não há sinaleiros voltados aos ciclistas ou o tempo semafórico é insuficiente para a travessia.

Intervenções

Segundo os cicloativistas, a mobilidade seria otimizada com base em medidas simples, que tornassem as bikes mais visíveis. Dentre os elementos mencionados pela CicloIguaçu, por exemplo, estão "travessia vermelha" (pintura de uma faixa, indicando o caminho da ciclovia) e sinalização vertical (placas de trânsito, implantação ou alteração de semáforos). A associação também defende a redução do limite de velocidade de veículos automotores no Centro da cidade.

"Um carro ou ônibus [trafegando] a 60 quilômetros por hora mata uma pessoa com facilidade. Temos de criar uma ‘Zona 30’ no Centro, reduzindo a velocidade dos automóveis a 30 quilômetros por hora", propõe Goura.

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