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Cicloativistas protestam no local de acidente em SP

"Infelizmente precisa morrer gente para todos perceberem o desrespeito que há com o ciclista", lamentou Maurício Longuini, de 34 anos, um dos 1.500 ciclistas que fizeram um protesto na noite desta sexta-feira (2) na Avenida Paulista, em São Paulo, após a morte da bióloga Juliana Dias. O grupo se concentrou na Praça dos Ciclistas, na altura da Rua Bela Cintra, e seguiu até o local do acidente.

"O motorista profissional é nosso pior inimigo. Taxistas e motoristas de ônibus são os que mais desrespeitam ciclistas. Como eles estão trabalhando, acham que pode tudo", afirmou o cicloativista William Silva. Segundo ele, em São Paulo há cerca de 7 mil cicloativistas, que não encontram espaços nas ruas da cidade. "A Paulista é uma das vias de risco máximo ao ciclista, assim como a 23 de Março".

Toda última sexta-feira do mês, o grupo já organiza uma bicicletada na Paulista, para lembrar vítimas de acidentes e reivindicar ciclovias e mais respeito no trânsito. Para eles, faltam vias exclusivas em São Paulo. "Estou com cada vez mais medo de andar de bicicleta", lamentou o mecânico Carlos Nascimento, de 29 anos. Ele mora em Guaianases e trabalha no Parque Villa-Lobos - no trajeto, pedala 80 quilômetros por dia.

Fundador do site Vá de Bike, Willian Cruz defendeu que a Prefeitura adote uma campanha de conscientização semelhante à de proteção aos pedestres. Já para o empresário e cicloativista Leandro Valverdes, falta vontade política. "Em seis meses, seria possível melhorar o cenário". Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa da Prefeitura que gerencia ônibus municipais, "lamentou" a morte da ciclista e disse investir em programas de reciclagem para motoristas do sistema de ônibus municipal. Ainda reiterou que todos os motoristas envolvidos em acidentes são afastados do trabalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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