| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Depois de totalmente interditada, a ciclovia Tim Maia voltou a ter uma faixa reaberta no trecho entre o Vidigal e o Leblon, para a circulação de pedestres e ciclistas. A interdição total da ciclovia foi determinada pelo juiz Marcelo Martins Evaristo da Silva, da 9ª Vara de Fazenda Pública da Capital. No sábado (7), desrespeitando a ordem judicial, a CET-Rio fechou apenas parte da pista, deixando a faixa voltada para a Avenida Niemeyer aberta. À noite, a CET-Rio chegou a fechar integralmente a pista, mas, segundo frequentadores, voltou atrás novamente depois que moradores invadiram a ciclovia.

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Para Mônica Farias, moradora do Vidigal, a interdição total prejudica os moradores da região. Ela contou que diariamente leva a filha para a escola Stela Maris, em dez minutos de caminhada, utilizando a ciclovia, mas se tiver que ir por dentro da comunidade, o caminho vai aumentar muito.

“Este pedaço para nós andarmos já existia. Foi o puxadinho de não sei quantos milhões que deu problema”, afirmou, se referindo ao trecho que caiu da ciclovia.

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“Como podem interditar o que já existia? Se deixassem como era não tinha dado problema. Isto aqui tem que ser para morador”, concluiu.

O garçom Waldecir Menezes contou que quando saiu para trabalhar na noite de sábado a ciclovia havia sido inteiramente fechada. “Quando retornei do trabalho agora pela manhã, eles haviam reaberto. Segundo soube, porque os moradores começaram a invadir o trecho.”

A decisão do juiz foi tomada com base na ação popular do advogado Dennis Cincinatus, em razão da queda de um trecho da ciclovia no dia 21 de abril passado que causou a morte de pelo menos duas pessoas. A ação popular tem como réus a prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes, o Consórcio Contemat-Concrejato e os engenheiros Marcello José Ferreira Carvalho, Ioannis Saliveros Neto e Hércules Bruno Neto, apontados como responsáveis pelo projeto da ciclovia.

Na sentença, o juiz Marcelo Martins Evaristo da Silva afirmou que ela serve também para evitar acidentes com ciclistas. “A interdição deve incidir sobre todo o trecho que interliga os bairros de São Conrado e Leblon, inclusive para evitar o risco de acidentes e atropelamentos de ciclistas e pedestres, que se veem obrigados a desviar de bloqueios, dividindo a Avenida Niemeyer com veículos e ônibus”.

No sábado, o prefeito Eduardo Paes defendeu a manutenção da ciclovia e afirmou que a Procuradoria do Município irá recorrer da decisão judicial.

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