Atualmente Curitiba tem cerca de 100 quilômetros de ciclovias. Grande parte, porém, foi planejada para quem usa a bicicleta como lazer e não para quem depende dela para trabalhar, revela a reportagem do ParanáTV 1ª edição. Em muitos lugares, a ciclovia também é a única calçada e o espaço é disputado pelos ciclistas e pedestres. Como alternativa, algumas pessoas acabam trafegando de bicicleta pelas canaletas de ônibus, o que é proibido e perigoso.
Depois de uma reunião com ciclistas integrantes do Movimento Bicicletada Curitiba, na terça-feira (16), o prefeito Beto Richa anunciou a ampliação das áreas exclusivas para o tráfego de bicicletas na capital. Com a reforma da Avenida Marechal Floriano Peixoto, programada para os próximos meses, está prevista a implantação de uma ciclofaixa de 12 quilômetros. Ela terá mão e contramão e deve se estender entre o Boqueirão e o Centro. Na ciclofaixa, os ciclistas andam na avenida ao lado dos carros e não na calçada.
Outro projeto é de 10 quilômetros de ciclovia na Linha Verde, entre o Pinheirinho e o Jardim Botânico. Até o fim de outubro deve ser aberta licitação para seis novos bicicletários, para venda, conserto e aluguel de bicicletas. A Linha Verde terá 10 quilômetros de ciclovias. Os integrantes do Movimento Bicicletada sugeriram que a prefeitura estimule a implantação de espaços para estacionar bicicletas em todos os novos grandes empreendimentos na capital e também nos espaços culturais mantidos pelo município.
Acidentes
Os choques de pedestres e ciclistas contra ônibus têm sido freqüentes em Curitiba, tendo registros mensais principalmente na região central da capital. Entre janeiro e agosto, foram registradas 71 colisões que resultaram em mortos e feridos. Os acidentes estão concentrados em três avenidas: Sete de Setembro, Marechal Floriano Peixoto e República Argentina.