Cidadania e fé marcaram o Dia do Trabalho em Curitiba. No litoral e região metropolitana, a Força Sindical promoveu o Primeiro de Maio Solidário em três cidades. Em todos os eventos, entidades de classe defenderam a aprovação do projeto de lei do governo estadual que cria o salário mínimo regional no Paraná e será votado hoje na Assembléia Legislativa (leia mais na página 7).
No bairro Barreirinha, na capital, a Paróquia Santa Gema Galgani promoveu a 16.ª Romaria dos Trabalhadores, com a participação das pastorais sociais de Curitiba. Perto de 500 pessoas se reuniram do lado de fora da igreja e percorreram dois quilômetros em direção ao terminal de ônibus do bairro. Além de orações e cantos, o encontro propôs reflexões sobre o tema "O futuro do trabalho a nós pertence". Um teatro apresentado por jovens da comunidade mencionou o desemprego e represantentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também discursaram sobre o assunto. Ao final da caminhada, houve a bênção dos pães produzidos por padarias comunitárias. "Hoje em cada família sabemos que existe pelo menos um membro desempregado. O que gostaríamos é que as autoridades encontrassem projetos para devolver o emprego a essas pessoas", diz o pároco Leocádio Zytkowski.
Na Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial, até as 17 horas, a população pôde tirar a carteira de identidade, CPF, receber orientações de advogados e também se inscrever em programas sociais do governo. De acordo com informações da assessoria do Palácio Iguaçu, 20 mil pessoas participaram do evento.
O Primeiro de Maio Solidário também ocorreu em São José dos Pinhais e Campo Largo, na região metropolitana, e em Matinhos, litoral do estado. Além da manifestação pela aprovação do salário mínimo regional, os trabalhadores pediram mais ética na política, enquanto a Força Sindical recolheu assinaturas para a campanha "De Olho no Imposto", que pede maior clareza sobre impostos nas embalagens dos produtos.
