O Centro de Controle de Zoonoses de Limeira, no interior de São Paulo, começa a usar nesta quarta-feira (20) o novo inseticida contra a dengue que o Ministério da Saúde passou a distribuir desde que o Malathion entrou em falta nos estoques do governo. O produto será retirado na unidade regional da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em Campinas. As equipes da zoonoses ainda não sabem se o novo produto - o Lambdacyhalotrina 5 CE - tem a mesma eficácia do Malathion, por isso serão feitos testes em algumas áreas.
De acordo com a assessoria de imprensa, a informação de que o inseticida estava em falta foi dada pela Sucen estadual quando o município solicitou o Malathion para dar sequência à nebulização contra o mosquito transmissor da dengue. Através de ofício, a Sucen informou que o Ministério da Saúde iria disponibilizar o outro produto para que o controle não sofresse interrupção.
O ofício informava ainda que o Ministério da Saúde já providenciou a importação de um novo lote de Malathion, que será entregue em junho. Limeira enfrenta epidemia da doença, com 13,7 mil casos confirmados, 13,8 mil à espera de resultado de exames e 16 mortes confirmadas, além de duas em investigação.
Em Campinas, apesar do avanço da dengue, a nebulização com o uso de veículos nos bairros com maior número de casos não foi feita nos últimos meses, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura. De acordo com o município, essa nebulização é “de responsabilidade 100% da Sucen, que fornece os veículos e profissionais”. Mesmo indagada, a assessoria não informou se a suspensão decorria da falta do inseticida.
A cidade tem 32,6 mil casos e sete mortes confirmados. As prefeituras de Marília e São José do Rio Preto já foram informadas de que o inseticida será trocado, mas as nebulizações não sofreram atraso.
A epidemia de dengue continua avançando no interior. Nesta segunda-feira, a Secretaria da Saúde de São José do Rio Preto confirmou 4 mil casos, além de 2,8 mil à espera de resultados. O número de mortes confirmadas subiu para quatro, com o resultado positivo de uma mulher de 35 anos que morreu no último dia 13. Segundo a prefeitura, a cidade ainda tem estoque do inseticida.
Em Sumaré, 9,2 mil pessoas já tiveram dengue, conforme boletim divulgado nesta segunda-feira. Em três dias, houve 810 novos registros da doença. Já são quatro mortes confirmadas e outras quatro em investigação. Soldados do Exército dão apoio ao trabalho de controle do mosquito.
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