Rio Largo, em Alagoas: desabrigados e desalojados tentam resgatar o que sobrou nos escombros depois da enchente| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Caixa e BB colocam contas à disposição de quem quiser ajudar população do Nordeste

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão da Presidência da República, divulgou, há pouco, o número de contas bancárias abertas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, destinadas a receber doações para a população atingida pelas chuvas nos estados nordestinos de Pernambuco e Alagoas.

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Donativos para vítimas das chuvas podem ser entregues em Correios

Doações para desabrigados pelas enchentes em Alagoas podem ser feitas em agências dos Correios em todo o Brasil. Alimentos não perecíveis, roupas, toalhas, lençóis, calçados, tendas e barracas podem ser enviados para as vítimas.

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Leia no Blog Vida e Cidadania os relatos dos repórteres Bruna Maestri Walter e Jonathan Campos, enviados da Gazeta do Povo ao Nordeste

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As chuvas que afetaram cidades em Pernambuco e Alagoas nos últimos dias destruíram lavouras e prejudicaram o escoamento da produção agrícola. No município de Agrestina, em Pernambuco, pontes foram destruídas e 90% das lavouras se perderam.

"Isso representa uma perda de mais de 100 toneladas de alimento para os agricultores. Perdemos culturas de milho, feijão, mandioca, tudo por excesso de alagamento", diz João Domingos, secretário da Agricultura de Agrestina.

Os acessos também estão comprometidos. Em Quipapá, Pernambuco, a força da água arrastou uma ponte. Quatro comunidades estão isoladas. Nelas vivem cerca de 120 famílias que mal conseguem passar e não têm como escoar o que produzem.

A situação das estradas na zona rural também causa prejuízos aos pecuaristas, já que compromete o escoamento da produção de leite.

Das 39 cidades mais afetadas pela enchente em Pernambuco, 30 estão em estado de emergência e outras nove em estado de calamidade pública, segundo dados da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe).

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Alagoas

Em Alagoas, de acordo com a Defesa Civil, 15 cidades decretaram estado de calamidade pública, entre elas a cidade de Branquinha, Alagoas. Mais de 180 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. Até este domingo (27), 76 pessoas estão desaparecidas e 34 mortes foram confirmadas.

Em Branquinha, quase todos os prédios e casas terão que ser reconstruídos. Em Rio Largo, Alagoas, a situação não é diferente. A usina de açúcar e álcool foi praticamente destruída pela correnteza.

Na usina Laginha, no município de União dos Palmares, Alagoas, os prejuízos também foram muito grandes. O rio subiu mais de dez metros e arrasou a estrutura da usina. Dos seis reservatórios de etanol, cinco foram levados pela correnteza. A lama invadiu os laboratórios e todas as dependências.

"É uma tristeza muito grande, não só para mim, mas para todos os que trabalhavam aqui, mesmo sendo do campo. Isso aqui era o meu sustento, era aqui que eu trabalhava e ganhava meu dinheiro", diz Alexandro Silvino, trabalhador rural.

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