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Veículos que circularem sujos por Congonhas, na região central de Minas, poderão ser multados a partir de sexta-feira. É o que determina decreto da prefeitura, que tenta combater a poeira e a lama de minério de ferro que toma conta da cidade. A justificativa é que os resíduos prejudicam a saúde dos moradores e o patrimônio histórico - constituído por peças como os 12 profetas feitos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho -, tombado pela Unesco.

Apesar de a intenção ser combater principalmente o pó de minério o decreto do prefeito Anderson Cabido (PT) atinge "qualquer veículo com potencial de causar deposição de resíduos sólidos (restos de minério e outros produtos)" nas ruas. Segundo o prefeito, diariamente o serviço de limpeza recolhe de 5 a 7 toneladas de resíduos e a maior parte é de pó e lama de minério.

A luta contra a poeira em Congonhas é antiga. Há cerca de quatro anos, foi proibido o tráfego de veículos de carga no centro histórico. Mas o problema da poeira continuou e, ano passado, o prefeito pediu ao Ministério Público Estadual (MPE) que entrasse com ação para obrigar as mineradoras - pelo menos quatro atuam em torno da cidade - a limpar os veículos que deixassem as minas em direção ao centro do município.

Mas a medida também não surtiu efeito e a prefeitura agora deflagrou a guerra contra a poeira. A prefeitura conseguiu que as minas sejam mantidas molhadas para evitar que o vento carregue o pó de minério para a cidade. Mas os veículos, de acordo com o prefeito, circulam no interior das minas e depois passam enlameados pelas ruas. "Quando a lama que está na rua seca, vira poeira", lembra Cabido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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