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As ações de combate à dengue tornaram-se rotina em Foz do Iguaçu, e não por acaso: a tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina recebe turistas de várias partes do mundo e, em 2005, a cidade lidera o ranking de pessoas contaminadas. São 386 casos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, contra apenas sete em 2004.

"O período crítico de infestação do mosquito é agora", diz o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, André de Souza. O município vem realizando campanhas para conscientizar a população e uma parceria com a Itaipu Binacional prevê a integração de escolas ao Programa de Combate à Dengue.

Em Maringá, a Secretaria de Saúde faz estimativas positivas para o fim do ano. O primeiro semestre foi preocupante, com 100 casos da doença, mas de julho até agora houve apenas cinco ocorrências. "Controlamos o problema com arrastões pelos bairros", informa a gerente da Vigilância e Saúde, Rosângela Treichel Surita. Os arrastões ocorreram há três meses e os principais focos eram vasos nos quintais e as caixas d’água das residências. Maringá passou por uma epidemia de dengue em 2002, com 637 casos. Nas cidades da região, a que mais teve problemas com a doença foi Sarandi, onde uma epidemia preocupou as autoridades no começo do ano. De janeiro a setembro houve 123 casos no município.

Na 20.ª Regional de Saúde, com 18 municípios e sede em Toledo, houve, de janeiro a agosto, 92 casos contra apenas três no mesmo período de 2004. O aumento, segundo a regional, se deve ao grande número de casos importados de outros estados. Santa Helena (27), Marechal Cândido Rondon (26) e Pato Bragado (24) lideram a lista. O mais recente foco da doença está em Palotina, que tem 23 suspeitas sob investigação. Cenário diferente vive a 10.ª Regional de Saúde de Cascavel, também com 18 municípios e onde as notificações caíram este ano. O supervisor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Aurélio Kempa, atribui o resultado às atividades de combate à doença. Em Cascavel, que registrou nove casos em 2005, uma equipe de agentes de saúde foi montada exclusivamente para borrifar veneno em locais considerados de alto risco, como ferros-velhos, cemitérios e borracharias.

Em Apucarana, a Vigilância Epidemiológica considera o quadro sob controle, mas espera resultados dos exames de duas pessoas supostamente contaminadas na cidade, ampliando as suspeitas para 21 neste ano – 15 não se confirmaram e até agora há apenas quatro casos da doença, todos "importados". As pessoas sob observação vieram recentemente de Rondônia e do Mato Grosso. Segundo o coordenador da Vigilância Epidemiológica Municipal, Jonas Batista de Campos, a Saúde Pública fez um bloqueio com aplicação de inseticida nos bairros de origem dos dois pacientes assim que soube da suspeita de dengue.

Números

zerofoi o número de casos de dengue no ano passado em Sarandi (a 2 quilômetros de Maringá). Em 2005 a cidade é vice-líder de contaminações no Paraná, com 123 ocorrências.

150 agentes de saúdetrabalham no combate à den-gue em Cascavel. Eles têm 111 mil endereços comerciais e residenciais para vistoriar na cidade.

R$ 60foi a multa aplicada a 16 moradores dos bairros Aeroporto e Vila Operária, em Maringá, que apresentaram o maior número de focos do mosquito da dengue.

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