A prolongada estiagem no semiárido baiano, considerada a pior em três décadas no estado, começa a causar cancelamentos da mais tradicional festa do interior da Bahia, o São João, comemorado anualmente em todos os 417 municípios do estado.
Dos 231 municípios que decretaram situação de emergência por causa da seca - 215 tiveram a situação reconhecida pelas administrações estadual e federal -, 20 já anunciaram o cancelamento das festas e 17 informaram que pretendem reduzir o número de dias e de atrações das comemorações.
Além disso, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) orientou os gestores das cidades atingidas pela estiagem a não ultrapassar os investimentos feitos nos anos anteriores para a festa deste ano. "A situação exige que os prefeitos atuem com cautela e coerência", avalia o presidente da União dos Municípios da Bahia - e prefeito de Camaçari, na região metropolitana de Salvador -, Luiz Caetano.
O enxugamento do São João, considerado o segundo maior evento para o turismo no Estado, atrás do Carnaval, porém, causa preocupação na Secretaria de Turismo. "As cidades que estão enfrentando a seca correm o risco de ser duplamente penalizadas, pela falta de água e pela perda de receitas provenientes do turismo nesta época", avalia o secretário Domingos Leonelli. "Cancelamento de festa deve ser adotado apenas por prefeituras que tenham o São João como despesa - e acredito que sejam muito poucas."
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora