Sem energia elétrica e água
As chuvas que causaram estragos em boa parte do estado no fim de semana ainda deixam residências sem abastecimento de energia elétrica na manhã desta segunda-feira.
Segundo a Copel, 26 mil domicílios permanecem sem luz, sendo que as regiões Oeste e Sudoeste concentram mais da metade dos afetados. A companhia destaca que 600 eletricistas trabalham para reestabelecer o serviço em todo estado.
A falta de abastecimento de energia e a inundação de estações de captação também prejudicam o abastecimento de água em vários municípios do estado. Segundo a Sanepar, 45 municípios têm problemas no fornecimento.
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A Defesa Civil ainda segue contabilizando os estragos na região Norte do Paraná. Em Rosário do Ivaí, 3 mil pessoas foram afetadas com os temporais do final de semana. A prefeitura decretou estado de emergência. Por volta de 11h30 desta segunda-feira (9), servidores faziam mutirões nos bairros para cadastrar as famílias que receberão doações e demarcar os imóveis danificados.
Rio Branco do Ivaí e Grandes Rios, na mesma região, ficaram ilhados durante o domingo após o Rio Corumbataí transbordar e impedir o acesso aos municípios. Houve queda de barreiras e pontes.
Na manhã desta segunda, o volume da água já havia baixado e as passagens abertas, ainda conforme a Defesa Civil. "É agora que começam aparecer os prejuízos de verdade. A gente sabe que muita coisa se perdeu, especialmente na zona rural. As plantações foram comprometidas, mas ainda não temos a dimensão", explica o prefeito de Grandes Rios, Antônio Claudio Santiago.
Somente uma estrada de terra que liga Rio Branco do Ivaí e Cândido de Abreu permanecia interditada.
Segundo a Defesa Civil, não há registro de mortos ou desaparecidos nestas regiões.
Em Umuarama, pelo menos oito pontes caíram e interromperam o acesso aos bairros da zona rural do município. De acordo com Secretaria Municipal de Serviços Rodoviários, não houve registro de feridos ou desabrigados.
Já em Águas de Jurema, distrito de Iretama, o córrego que corta o local transbordou e inundou muitas as casas. A prefeitura estima que dos 2 mil moradores, pelo menos 1.500 tenha sido atingidos.
Em Cianorte árvores foram derrubadas com a força do vento e 42 pessoas foram afetadas. Também não houve registro de feridos
Em Maringá, também houve complicações. Ao menos 12 árvores caíram e atingiram quatro carros estacionados. O muro de um posto de Saúde, na Vila Morangueira, zona Norte, foi derrubado e arrastado pela enxurrada. Outras cinco escolas também da zona Norte foram invadidas pela água no domingo. Ninguém ficou ferido. "Ainda estamos fazendo o levantamento, mas, a princípio, felizmente tivemos poucos prejuízos", diz o gerente da Defesa Civil no município Claudio Parisotto.
Abastecimento de água
O abastecimento de água foi afetado em vários bairros da zona Norte de Maringá, durante o final de semana. Conforme a assessoria de imprensa, às 10 horas desta segunda-feira o funcionamento já estava normalizado em todos os bairros.
Em Londrina, o abastecimento está prejudicado em alguns bairros da região Sul e pontos isolados. A causa é o excesso de turbidez na água a ser tratada, provocada pelas chuvas, agravando a recuperação do fornecimento de água, interrompido no domingo para a execução de obras do sistema Tibagi. A previsão é que a situação seja normalizada durante a tarde.
Em Rio Branco do Ivaí a produção de água continua paralisada por conta da inundação na captação, que afetou o quadro elétrico. O abastecimento está sendo feito com caminhões-pipa que injetam água nos reservatórios da empresa na cidade.
Doações
Os pontos de coleta de doação em Londrina são todos os órgãos e entidades estaduais. Isto significa que os moradores dos 26 municípios da região metropolitana podem levar as doações a instituições de ensino estaduais, delegacias, unidades da Copel, Sanepar. As doações serão, depois, recolhidas e levadas ao Iapar de Londrina. De lá, serão distribuídas pelo Estado.
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