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O cientista Klaus Keil, em foto de arquivo, de 2005: impasse na chegada ao Brasil. | /
O cientista Klaus Keil, em foto de arquivo, de 2005: impasse na chegada ao Brasil.| Foto: /

Já está no Rio de Janeiro o cientista alemão naturalizado norte-americano que foi retido na área de desembarque do aeroporto de Guarulhos por causa de irregularidades em documentos da Imigração. Klaus Keil chegou ao Brasil no domingo (30), para participar de uma série de eventos científicos, e estava impedido de entrar no país porque em uma outra visita, em 2013, não teria cumprido algumas etapas da formalização da estadia.

O cientista – que é um dos principais especialistas em meteoritos e trabalhou na Nasa – tem 80 anos e foi encaminhado para um hotel dentro do aeroporto até que o procedimento burocrático fosse resolvido.

Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, Keil explicou que foi convidado para ministrar 14 palestras em nove cidades diferentes. Ele chegou a Guarulhos num voo da American Airlines e faria conexão para o Rio de Janeiro. “Sou voluntário, não recebo nada por isso. Sei da importância de compartilhar informação e, principalmente, gostaria de ajudar os estudantes brasileiros. Eu amo o Brasil. Meu objetivo era justamente contribuir para o desenvolvimento da astronomia daqui”, disse.

Ele contou que foi bem tratado pelo agente da PF, que foi “solícito” e “educado”.

Quando esteve no Brasil há dois anos, Keil tirou um visto de trabalho que o obrigava a comparecer num posto ou delegacia da PF no prazo de 30 dias. Ele não foi. No retorno aos EUA, nada lhe foi cobrado ou avisado.

De acordo com informações da delegacia da Polícia Federal no aeroporto, o pesquisador só ficou retido pelo tempo necessário para acionar autoridades, como representantes da Imigração, até que uma solução provisória fosse encaminhada. Foi usado um recurso chamado de “desembarque condicional”, que dá ao estrangeiro até oito dias para regularizar a documentação e procurar uma delegacia da PF. Ele terá de pedir um novo visto e pagar uma multa.

A delegacia ressaltou que Keil não chegou a ser preso nem detido. O procedimento burocrático de reter o passageiro na área de desembarque até que as pendências de documentação sejam resolvidas é padrão.

O Meteoritical Society Endowment Fund financiou a vinda do pesquisador para o Brasil para um circuito de palestras, inclusive para a abertura do Encontro de Meteoritos e Vulcões do Museu Nacional (RJ), no próximo dia 3. Ele também tem previstas palestras em Porto Alegre, Salvador e São José dos Campos. Deve ficar no país até outubro. A pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto informou que vai levar Keil a uma delegacia da PF na terça-feira, para a regularização da pendência.

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