Um relatório da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas alegou nesta sexta-feira que as atividades humanas são a causa dominante do aquecimento global desde os anos 1950. Contudo, o documento também apontou que as temperaturas não estão subindo tão rápido quanto se estimava anteriormente.
Um resumo do relatório, divulgado nesta sexta-feira pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), adotou uma postura ainda mais firme sobre a influência humana do que o documento anterior, publicado em 2007. O novo relatório disse que há um aquecimento "inequívoco" do clima e que é "extremamente provável" que os seres humanos tenham sido a maior influência. Seis anos antes, o grupo havia usado a expressão "muito provável" para definir a influência humana.
O grupo de trabalho do IPCC compilou provas físicas e pesquisas científicas para chegar a uma conclusão de que há uma chance de 95% de que os seres humanos foram os principais culpados pelo aumento da temperatura.
O relatório é acompanhado de perto pelos governos, ambientalistas e principais setores, como a indústria de petróleo, gás e carvão, porque fornece o respaldo científico para as políticas de muitas autoridades sobre as mudanças climáticas e pode influenciar as medidas oficiais. O resumo publicado na sexta-feira é uma prévia de um relatório completo que será publicado na próxima semana. O documento completo faz parte da chamada quinta avaliação do grupo, que deverá ser publicado em várias fases.
"Observações de alterações no sistema climático são baseadas em múltiplas linhas de evidências independentes", disse Qin Dahe, copresidente do Grupo de Trabalho do IPCC. "Nossa avaliação sobre as revelações científicas é que a atmosfera e os oceanos têm se aquecido, a quantidade de neve e gelo têm diminuído, o nível global do mar subiu e as concentrações de gases de efeito estufa aumentaram."
Contudo, o IPCC reduziu as projeções sobre o tamanho do aumento de temperatura no final do século 21.
A mudança de temperatura na superfície global para o final do século 21 deve exceder 1,5 graus Celsius em relação aos anos de 1850 a 1900 "em todos os cenários considerados, com exceção dos mais baixos". Contudo, a temperatura deve aumentar 2 graus Celsius nos dois cenários" de maior elevação, disse o copresidente Thomas Stocker.
Anteriormente, foi previsto que as temperaturas subiriam 3,9 e 4,5 graus Celsius em relação aos anos de 1850 a 1900, nos dois piores cenários. Fonte: Dow Jones Newswires.
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