Está marcado para esta terça-feira (23), às 9h, no Tribunal do Júri, o julgamento de cinco homens acusados de matar o autônomo Alcides de Oliveira a pedradas e pauladas. O crime violento ocorreu em maio de 2001, no bairro Fazendinha. A vítima, na época com 47 anos, teria pedido silêncio aos rapazes que participavam de uma festa na vizinhança.

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Anderson Clayton Barbosa, de 30 anos, Antônio Carlos Biscoravaine, 28, Claudinei Laroca, 31, Edson Luiz Estela, 31, e Fabio Estela, 28, são acusados por homicídio duplamente qualificado: motivo fútil e torpe (moralmente reprovável). Os cinco homens suspeitos de agressão aguardaram o julgamento em liberdade. Outros dois jovens, então com 15 anos, que também teriam envolvimento com o crime, foram julgados e ficaram apreendidos por três anos.

"Já era tarde da noite e estava muito frio. Cerca de 30 pessoas estavam reunidas na rua com som alto, comendo pinhão e tomando vinho", diz o advogado de acusação, Nilton Ribeiro. "O Alcides estava com a família em casa, incluindo a filha de apenas oito meses. Ele se incomodou com o barulho e foi pedir silêncio ao grupo. Esses rapazes se irritaram e tiraram a vida dele com golpes de pedra e pau", completa o advogado.

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No julgamento desta terça, a defesa e a acusação poderão se manifestar durante três horas cada uma. Depois deste período, o júri popular – composto por sete pessoas que serão sorteadas – vai decidir se os réus são culpados ou inocentes. A pena máxima prevista é de 30 anos de reclusão para cada acusado.

Segundo a irmã da vítima, Jorgina Oliveira, amigos e familiares vão comparecer ao local do julgamento. Camisetas e faixas em homenagem a Oliveira serão levadas para a sede do Tribunal do Júri, no Centro Cívico.

A reportagem tentou contato por telefone com um dos advogados de defesa dos réus, mas não obteve sucesso.