A Delegacia de Homicídios (DH) recebeu a devolução, nesta terça-feira (1), do inquérito do assassinato da empresária Clemans Abujamra, de 51 anos, morta a facadas no Batel, em Curitiba, no final de abril. A investigação estava interrompida há dois meses, desde que a DH pediu prorrogação do prazo para diligências ao Ministério Público (MP). O MP informou que o documento foi liberado pela promotoria no dia 19 de agosto, mas por entraves burocráticos só chegou nesta terça às mãos da titular da DH, Maritza Haisi.
Clemans foi encontrada morta em um terreno baldio na Rua Abrão Lerner, no Batel, em Curitiba, no início da manhã do dia 29 de abril. Testemunhas viram o corpo e acionaram a polícia. A empresária saiu de casa no dia 27 de abril e não foi mais vista. O corpo, encontrado dois dias depois, apresentava doze facadas.
As investigações prosseguiram até o dia 29 de julho, quando se passaram 90 dias desde o crime. Até ali, o então titular da DH, Rubens Recalcatti, era o responsável pelas investigações. Nessa mesma época, uma troca de comando na cúpula da Polícia Civil mudou também a chefia da DH, e as diligências foram interrompidas. A partir de agora, quem busca solucionar o caso é o delegado Dirceu Schactae.
Relembre o caso
Clemans Abujamra era uma empresária de 51 anos que morava nos Estados Unidos com o marido, Roberto Nanamura, mas costumava vir a Curitiba para passar alguns dias. No dia 27, ela foi vista pela última vez saindo do apartamento dela, na Rua Francisco Rocha, no Bigorrilho. O corpo de Clemans foi encontrado em um terreno baldio na Rua Abrão Lerner, no Batel, por volta das 7h30 do dia 29 de abril, por pessoas que caminhavam pela região. Inicialmente, a perícia policial apontou que Clemans foi morta com quatro facadas, que atingiram o pescoço, o tórax e as costas. No entanto, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgado no dia 2 de maio mostrou que a vítima morreu atingida por doze facadas. Após o desaparecimento no dia 27, a família não havia chegado a registrar o sumiço.
No dia 2 de junho, dois homens do estado de São Paulo foram presos pela DH em posse de drogas, e a polícia trabalhava com a possibilidade de que fossem suspeitos do crime, mas nada ficou confirmado. Outras linhas de investigação, segundo a DH, não estavam descartadas. Estas foram as últimas informações relevantes que a delegacia colheu até a interrupção do caso, no final de julho.
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