Cinco pessoas foram atropeladas, entre elas quatro adolescentes, ontem, em frente ao Colégio Estadual Professor Nilo Brandão, no bairro Cajuru, em Curitiba. O jardineiro Manoel França Adorno, 60 anos, vinha pela Avenida Jornalista Aderbal G. Stresser quando teria passado mal e perdido o controle do veículo Elba, placa ABH-6690, subindo na calçada e causando o acidente. O motorista não foi linchado pelos moradores devido a presença de policiais na região, que deram proteção a ele. O socorro às vítimas teve até apoio de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal. Os feridos passam bem.

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De acordo com testemunhas, o fato aconteceu por volta das 14 horas, quando muitas crianças chegavam para a aula e estavam na frente da escola. "O carro subiu na calçada e veio batendo em quem estava na frente. Muita gente conseguiu escapar por um triz", relata o estudante Willian Gabriel de Oliveira Mendes, 12 anos. "Sofro de doença de chagas, fiquei tonto e perdi o sentido. O freio não funcionou", explica Adorno. "Ele não estava bêbado, teve uma hipoglicemia", conta o socorrista do Siate Vitor Santinello.

O automóvel atingiu primeiro um carrinho de doces, ferindo o vendedor Alex Venâncio, 46 anos, Thiago Luiz Reichel Dias, 18 anos, e outro jovem de 17 anos, que eram atendidos no momento. O Elba ainda percorreu cerca de 50 metros, parando apenas quando bateu no veículo Palio, placa CGM-6036, estacionado em frente ao colégio. Nesse trajeto, foram atropelados um rapaz de 16 anos e uma moça de 15 anos, a única aluna da escola. Todas as vítimas e o motorista foram socorridos por equipes do Siate e encaminhados ao Hospital Cajuru. Um dos adolescentes foi levado pelo helicóptero da PRF ao Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul.

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De acordo com as assessorias dos dois hospitais, todos passam bem e estão sob observação médica, devendo ter alta em breve, como é o caso de um do jovem de 16 anos que já voltou para casa ontem mesmo. Já Thiago será submetido a uma cirurgia devido fratura na mão esquerda. Moradores da região reclamam da falta de segurança e sinalização próximo ao colégio. "Geralmente acontecem atropelamentos aqui. Não tem nenhum sinaleiro ou lombada para controlar a velocidade dos veículos", conta Luiz Alves da Costa, 52 anos.