Foz do Iguaçu e Curitiba A megaoperação desencadeada ontem de manhã pela Polícia Federal em 11 estados teve ramificações também no Paraná. As ações se concentraram na região de Curitiba e Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, principal corredor de entrada dos cigarros contrabandeados e distribuídos para todo o país. Grande parte do produto chega até o território brasileiro através da Ponte da Amizade nas costas dos chamados "cigarreiros" ou em barcos que cruzam o Rio Paraná, entre os dois países.
Em Foz do Iguaçu, até o fim da tarde, quatro dos sete mandados de prisão temporária emitidos haviam sido cumpridos. Os 24 policiais federais da delegacia de Foz do Iguaçu que participaram da operação Bola de Fogo apreenderam ainda US$ 59 mil em dinheiro e três veículos (Audi, Toyota e Scenic), além de documentos que podem comprovar a participação dos acusados no esquema que envolve pelo menos três grandes quadrilhas de contrabandistas de cigarro. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Na capital, foram expedidos quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão. No entanto, segundo a PF, apenas Nelson Issamu Kanomata Júnior foi preso em Curitiba.
As outras três pessoas viajaram para Mato Grosso, onde foram presas: Nelson Issamu Kanomata, Daniele Kanomata e Maria Mukai Kanomata.
A família seria responsável pela empresa Orcrim, que fazia importação e exportação de pneus e teria ligação com a Sudamax Indústria e Comércio de Cigarros Ltda., instalada na cidade de Cajamar (SP) empresa proprietária de boa parte do cigarro negociado.
Em Curitiba, os policiais apreenderam um veículo importado modelo Cherokee, pouco mais de um quilo de ouro e farta documentação.