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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), denunciou, nesta quinta-feira (14), cinco policiais militares do 12º Batalhão da Polícia Militar (PM) pelo crime de tortura. De acordo com as investigações, um casal de irmãos foi sequestrado e torturado pelos acusados em 2009. Os PM’s acreditavam que as vítimas sabiam quem havia praticado um roubo contra um dos policiais.

Segundo informações da assessoria de imprensa do MP-PR, um dos policiais fazia segurança pessoal de um homem, quando foi assaltado. Os bandidos levaram duas motocicletas, além da arma e do colete balístico do PM. As motos foram recuperadas, mas os cinco policiais teriam passado a "investigar" o caso por conta própria, para tentar recuperar a pistola e o colete.

O grupo – que era integrado também por outras duas pessoas que não foram identificadas – conseguiu localizar um homem que, supostamente, saberia quem foi o autor do roubo. Ele foi levado a um matagal, onde teria sido submetido a sessões de agressões e ameaça de morte. Segundo o MP-PR, os policiais tentaram sufocar a vítima e a agrediram com socos, chutes e golpes de cassetetes. As lesões provocadas pela violência foram registradas em fotografias e em laudos de lesões corporais.

Na noite seguinte, os cinco policiais e outras quatro pessoas – também não identificadas – sequestraram a irmã do homem agredido. A mulher foi levada a um local afastado, onde foi torturada por quase duas horas, segundo o MP-PR. Além de agressões físicas, o grupo teria ameaçado estuprar a mulher e afirmado que mataria familiares dela.

Os PMs denunciados estão soltos. Por isso, o MP-PR requereu à Justiça que proíba os policiais de atuarem na região onde as vítimas residem, como forma de evitar retaliações. A Gazeta do Povo tentou contato por celular com a assessoria de imprensa da PM, mas o aparelho estava fora de área. A corporação informou que a assessoria está incomunicável, pois acompanha uma operação realizada pela polícia. O nome dos PMs denunciados não foram divulgados.

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