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O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), com sede em Curitiba, deve começar a operar, em março do próximo ano, um novo software de controle de voo, com tecnologia totalmente brasileira. "A vantagem desse software é que nos dá uma capacidade maior de controle e gerenciamento", disse ontem o comandante interino do Cindacta 2, coronel Leônidas de Araújo Medeiros Júnior.

O software, chamado Siste­­ma Avançado de Gerencia­­men­­to de Informações de Trá­­fego Aéreo e Relatórios de Inte­­resse Operacional e apelidado de "Sa­­gitário", já está em testes, ins­­talado em um prédio de qua­­tro andares totalmente sub­­terrâ­­neo. Segundo o coronel, uma das novidades do no­­vo sistema é que ele informa qualquer possível conflito de voo antes mesmo de as aeronaves deixarem o chão. O software segue todas as práticas e recomendações do mercado internacional, incluindo as da Orga­­nização Europeia para a Segu­­rança da Navegação Aérea (Eurocontrol).

"É também um software brasileiro, que tem duas grandes vantagens: primeiro, pode-se implementar qualquer atividade operacional e ter pronta resposta e, segundo, o custo é bem me­­nor, em alguns momentos até dez vezes menor", disse Medeiros Jú­­nior. O software foi desenvolvido durante dois anos pela empresa Atech, que trabalha em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB). A expectativa é que até 2012 todo o país esteja coberto com esse sistema. "Se os investimentos governamentais continuarem, até 2012 teremos retirado todo o atraso tecnológico que porventura exista", garantiu o coronel.

Entre as novidades, a solução traz o fundo de tela cinza, o que o torna menos cansativo do que o fundo do software atual, o X4000. Ele também ganha mais contraste de cores, facilitando a identificação das funcionalidades. De acordo com a Atech, o teclado deve ser praticamente descartado, tornando-se opcional o uso. O operador pode, com apenas um clique no mouse, alterar graficamente uma rota de voo ou até mesmo estabelecer novas rotas caso haja situação de conflito entre aeronaves. Também é possível enviar mensagens para os pilotos, como se fosse um torpedo de celular. O software já vem preparado para receber aplicativos necessários para a navegação do futuro, quando controladores e pilotos devem se comunicar via satélite.

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